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COP30 no Brasil: 31% das empresas já decidiram participar, revela estudo

Relatório da Fundamento Grupo de Comunicação ouviu mais de 500 executivos de corporações sediadas no país e concluiu que ainda há uma falta de engajamento nas discussões climáticas

Pela primeira vez no Brasil e bem no coração da Amazônia, a COP será realizada em Belém do Pará e a expectativa é se ter um maior engajamento de todos os atores no combate à emergência climática (Getty-Images-picture-alliance/Getty Images)

Pela primeira vez no Brasil e bem no coração da Amazônia, a COP será realizada em Belém do Pará e a expectativa é se ter um maior engajamento de todos os atores no combate à emergência climática (Getty-Images-picture-alliance/Getty Images)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 17 de dezembro de 2024 às 16h13.

Última atualização em 17 de dezembro de 2024 às 16h17.

Boa parte das empresas brasileiras ainda não entendeu o impacto das mudanças climáticas sobre seus negócios e está distante dos debates da Conferência do Clima da ONU (COP), com 68% sem nunca nem ter participado do grande evento global que irá definir o futuro do planeta.

É isto que concluiu o novo estudo "Na Trilha da COP: Uma visão corporativa dos desafios climáticos", realizado pela Fundamento Grupo de Comunicação, após ouvir 518 executivos de corporações nacionais em 23 diferentes setores. Dos participantes, 30% ocupavam cargos de gerência, 18% são presidentes ou CEOs e 15% são diretores. 

Rumo à COP30 em Belém do Pará no ano que vem, um dos destaques é que apenas 31% das empresas já decidiram participar até então. Destas, 32% ainda não sabem como e 35% pretendem estar presentes apenas como ouvintes. Além disto, 25% delas pretendem expor produtos e serviços, entendendo o momento como uma oportunidade de negócios.

Por outro lado, 72% acreditam que o fato da Conferência do Clima acontecer no Brasil irá aumentar o protagonismo do país em soluções verdes. E o principal motivo para a falta de engajamento nos debates promovidos anualmente pela ONU, é porque 24% das organizações não acreditam que a COP tratá algum impacto real em suas operações. 

Na COP29 em Baku, no Azerbaijão, foi unanimidade o baixo interesse das empresas nas discussões. Em parte, isto foi explicado pelo fato do país-sede ser baseado na indústria de petróleo, o que levou a um sentimento geral de descrença nas negociações. Mesmo assim, o Brasil registrou o segundo maior número de delegados presentes no evento, conforme o estudo.

Em Belém, a expectativa é que haja um maior engajamento de todos os atores e que se aproveitem as oportunidades de se ter o mundo inteiro olhando para a Amazônia e os potenciais biodiversos do país.

Marta Dourado, CEO da Fundamento, destacou durante apresentação em webinar que o objetivo da pesquisa era entender como o setor privado se engajou na COP29, e de que forma a participação pode aumentar em 2025.

"Campanhas internas e debates devem ser estimulados para criar interesse e maior engajamento na COP30", disse. A primeira edição do levantamento aconteceu em 2023, na COP28, em Dubai.  

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