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Compras de créditos de descarbonização atingem 39% da meta do ano

Cada título equivale a uma tonelada de dióxido de carbono que deixou de ser emitida na atmosfera

Colheita de cana em São Paulo: produtores de Etanol estão entre os principais emissores de créditos (Mauro Zafalon/Folhapress)
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Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2020 às 11h15.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 12h18.

Os créditos de descarbonização (CBios) comprados por distribuidoras de combustíveis do Brasil atingiram até o momento 5,7 milhões de unidades, ou cerca de 39% da meta estabelecida pelo governo para este ano, informou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), nesta segunda-feira.

A meta compulsória para as distribuidoras é de 14,5 milhões de CBios para 2020.

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Segundo dados da reguladora ANP citados pela Unica --entidade que representa produtores de etanol do centro-sul, que estão entre as principais emissores de CBios--, foram emitidos até o momento 12,6 milhões de títulos para o cumprimento do programa.

Cada título equivale a uma tonelada de dióxido de carbono que deixou de ser emitida na atmosfera, o que significa que, até o momento, houve a compensação de quase 6 milhões de toneladas de CO2, conforme os dados de compra de CBios.

"A pandemia tornou ainda mais evidente a urgência de adotarmos ações concretas para reduzir emissões e evitar as mudanças climáticas. O início da operacionalização do RenovaBio este ano se fez ainda mais pertinente e possibilita que ampliemos a sustentabilidade da nossa matriz de transportes", disse o presidente da Unica, Evandro Gussi, em nota.

Até o fim do ano, o volume de CBios ofertado no mercado será capaz de atender não só as metas do RenovaBio como também pessoas físicas e jurídicas que queiram compensar emissões de GEE de suas atividades, afirmou a Unica.

A Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que entrou em vigor em dezembro de 2019, foi desenhada para atingir parte das metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) estipuladas pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris.

O programa compara a pegada de carbono dos diferentes biocombustíveis em seu ciclo de vida (da produção à queima no veículo) para mensurar a redução de emissões proporcionada frente à alternativa fóssil e estabelece metas decenais de descarbonização, que são cumpridas com o aumento do uso de combustíveis renováveis e a comercialização de CBios.

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