Com 53% de aumento, Transporte é o setor que mais cresceu em emissões no ano passado, diz pesquisa
O estudo analisou sete indústrias em mais de 20 países com informações da frente de Emissões para Pesquisa Atmosférica Global, da Comissão Europeia
Repórter de ESG
Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 13h38.
Agricultura, transportes e resíduos são as três áreas que mais emitiram gases de efeito estufa (GEE) no Brasil em 2022, é o que aponta o relatório Net Zero Readiness Report 2023 da KPMG. Segundo o estudo, a agricultura foi responsável por 46% das emissões desses gases, enquanto transportes emitiram 16% e resíduos, 13%.
O estudo analisou as áreas de agricultura, transportes, resíduos, indústria, energia, eletricidade e edificações em mais de 20 países e usou informações do banco de dados de Emissões para Pesquisa Atmosférica Global, da Comissão Europeia (do inglês, European Commission’s Emissions Database for Global Atmospheric Research).
Emissões absolutas
Ainda segundo o relatório, a maior parte desses setores registrou um aumento nas emissões absolutas de gases de efeito estufa de 2005 a 2022. O transporte lidera a lista com um aumento de 53% nas emissões absolutas durante o período, seguido por agricultura (46%) e resíduos (30%).
Intensidade das emissões de 2005 a 2022
Sobre a intensidade das emissões de 2005 a 2022, o setor de transportes foi o único que teve um aumento de 10%. “Neste caso, foram utilizados os valores relativizados, ou seja, as emissões totais do setor foram divididas por algum fator para tentar desconsiderar variações. Por exemplo, a relativização dos setores de transporte e edificações foi feita por número de pessoas. Já as categorias economia, indústria e agricultura foram calculadas por receita do setor no ano de 2010”, diz Felipe Salgado, sócio-diretor líder de descarbonização da KPMG no Brasil.