ESG

Coalizão de US$ 41 trilhões pede ao G7 fim de apoio a combustíveis fósseis

A mudança climática será um tópico chave das conversas durante o evento do G7, que está sendo realizado cinco meses antes da conferência do clima da ONU

 (Pramote Polyamate/Getty Images)

(Pramote Polyamate/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 10 de junho de 2021 às 16h14.

Por Alastair Marsh, da Bloomberg

Uma coalizão de investidores que administram um total de US$ 41 trilhões em ativos pediu a líderes mundiais para que definam metas mais ambiciosas de emissões de gases de efeito estufa e encerrem o apoio dado a combustíveis fósseis.

DWS Group, Legal and General Investment Management e Pacific Investment Management Co. estão entre os 457 investidores que escreveram uma carta conjunta aos chefes de estado antes do encontro de líderes do G-7, que terá início na sexta-feira em Cornwall, na Inglaterra. Os gestores pediram que todos os governos se comprometessem com emissões líquidas zero até meados do século, aumentem suas metas de redução de emissões para 2030 em linha com a limitação do aquecimento global a 1,5° Celsius, removam os subsídios aos combustíveis fósseis e eliminem gradualmente a geração de eletricidade com base em térmicas a carvão.

A mudança climática será um tópico chave das conversas durante o evento do G-7, que está sendo realizado cinco meses antes da conferência do clima das Nações Unidas em Glasgow, onde os signatários do acordo climático de Paris de 2015 devem revisar suas promessas de reduzir as emissões e definir objetivos mais ambiciosos. A coalizão argumenta que os países que agem rapidamente para descarbonizar e se preparar para um futuro menos dependente de combustíveis fósseis também tendem a atrair mais capital.

“Aqueles que estabeleceram metas ambiciosas alinhadas com a obtenção de emissões líquidas zero e implementaram políticas climáticas nacionais consistentes no curto a médio prazo, se tornarão destinos de investimento cada vez mais atraentes”, escreveram os investidores. “A implementação total do Acordo de Paris criará oportunidades de investimento significativas em tecnologias limpas, infraestrutura verde e outros ativos, produtos e serviços necessários nesta nova economia.”

A coalizão de investidores, que também inclui a Amundi SA e a Fidelity International, também pediu que os planos de recuperação econômica da Covid-19 apoiassem a transição para emissões líquidas zero e que os relatórios financeiros relacionados ao clima passem a ser obrigatórios.

“Os principais investidores do mundo estão deixando claro que esperam que os governos mostrem que estão comprometidos em enfrentar a crise climática”, disse Stephanie Pfeifer, CEO do Grupo de Investidores Institucionais sobre Mudanças Climáticas. “Aqueles que ficarem aquém serão cada vez mais deixados para trás enquanto a corrida para um futuro mais limpo ganha velocidade.”

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