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Carlos Nobre, Paul Polman e mais 70 nomes pedem colaboração entre Brasil e Colômbia pelo clima

Carta dirigida a Lula e Petro conta com assinaturas do ativista e empresário Paul Polman, o climatologista Carlos Nobre e o empresário Richard Branson, que pedem a união entre os esforços pelas COP16 e COP30

Presidente Gustavo Petro e Lula são foco de carta que pede pela colaboração na liderança da agenda da biodiversidade e clima

Presidente Gustavo Petro e Lula são foco de carta que pede pela colaboração na liderança da agenda da biodiversidade e clima

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 29 de outubro de 2024 às 16h31.

Última atualização em 29 de outubro de 2024 às 16h33.

De Cali, Colômbia*

Lideranças de 70 países, empresas e organizações da sociedade civil assinaram uma carta endereçada aos presidentes brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e colombiano, Gustavo Petro. Nomes como o ativista Paul Polman, o climatologista Carlos Nobre, e o megaempresário Richard Branson, pedem a união das duas nações na construção de um plano que una as conferências da biodiversidade e do clima.

O documento, publicado nesta terça-feira, 29, pede que os líderes das nações que sediam a COP16, em Cali, Colômbia, e a COP30, em Belém, Brasil, criem uma estratégia para mobilizar atores a nível global, buscando resolver as urgências ambientais e climáticas.

Entre as prioridades definidas pela carta conjunta estão:

  • Reforçar os planos climáticos nacionais para implementar um benefício triplo para pessoas, natureza e segurança alimentar;
  • Aumentar os investimentos para transformar a natureza e os sistemas alimentares;
  • Apoiar a plena e efetiva participação dos agricultores, povos indígenas e das comunidades locais.

A carta ainda alerta que sem abandonar os combustíveis fósseis e deter a perda da biodiversidade, a crise climática e alimentar será agravada.

Planos de ação pela biodiversidade

Os signatários pedem que os governos brasileiro e colombiano insiram em seus planos de ação pela biodiversidade, que devem ser entregues até fevereiro de 2025, a visão da “paz com a natureza”, lema da COP16. “Já temos os alicerces da ambição necessária: o Marco Global Kunming-Montreal, o Acordo de Paris e o seu Balanço Global. Estamos prontos para apoiá-los a alcançar os resultados essenciais”, aponta o material.

A carta ainda relata que a realização das Conferências da ONU do clima e da biodiversidade em países que abrigam os ecossistemas mais diversos do mundo é um lembrete de que precisamos agir agora para garantir a proteção e restauração da biodiversidade. “O sucesso da COP16 e COP30 está agora em suas mãos. Estamos unidos para não deixar passar esta oportunidade”, consta.

Entre as organizações que assinaram a carta estão a Natura, Nestlé, Salesforce, WWF Internacional, Instituto Talanoa, SOS Mata Atlântica, além da Coalizão Brasil Clima Floresta Agricultura.

*A jornalista viajou a convite.

Acompanhe tudo sobre:BiodiversidadeCOP16Luiz Inácio Lula da SilvaColômbia

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