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Até 2026, quase metade da eletricidade gerada no mundo virá de fontes de baixa emissão

Relatório de agência internacional destaca o rápido crescimento das energias renováveis e aponta que a energia nuclear deve atingir recorde histórico em 2025

Avanço: geração de energia a partir de fontes de baixas emissões, como a solar, representaram um parcela de pouco menos de 40% em 2023 (Getty Images)

Avanço: geração de energia a partir de fontes de baixas emissões, como a solar, representaram um parcela de pouco menos de 40% em 2023 (Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 24 de janeiro de 2024 às 13h08.

As fontes limpas de energia devem cobrir toda a demanda adicional do mundo por eletricidade ao longo dos próximos três anos, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Em relatório, a entidade destaca o rápido crescimento das energias renováveis, além de mencionar que a energia nuclear deve atingir recorde histórico no próximo ano.

Diante desse movimento, a geração de energia de baixa emissão superará o "crescimento robusto na demanda por eletricidade", projeta a AIE. A demanda global por eletricidade, segundo o relatório Eletricidade 2024, deve crescer a um ritmo mais rápido nos próximos três anos, conforme a transição para energias limpas ganha impulso, com toda a projeção adicional de demanda coberta por tecnologias que produzem eletricidade com baixa emissão.

O relatório, divulgado nesta quarta-feira, 24, é a versão mais recente das análises da AIE sobre esse mercado, com projeções para o setor até 2026.

O relatório conclui que, embora o crescimento global na demanda por eletricidade tenha desacelerado um pouco, a 2,2% em 2023, com menor consumo nas economias avançadas, ele deve acelerar a uma alta projetada de 3,4% de 2024 a 2026. Cerca de 85% da alta na demanda por eletricidade global até 2026 deve vir de fora das economias avançadas, aponta a AIE, sobretudo de China, Índia e países do Sudeste Asiático.

Crescimento rápido

A AIE acredita que o recorde na geração de eletricidade de fontes de baixas emissões, como as renováveis, entre elas a solar, a eólica e a hidrelétrica, bem como a energia nuclear, devem reduzir o papel dos combustíveis fósseis para gerar energia a famílias e empresas. "As fontes de baixa emissão devem representar quase a metade da geração de eletricidade global até 2026, de um parcela de pouco menos de 40% em 2023", afirma a entidade.

As energias renováveis devem ser responsáveis por mais de um terço da geração total de eletricidade até o início de 2025, superando o carvão, diz a AIE. Até 2025, a geração de energia nuclear deve atingir máxima histórica global, com crescimento da produção na França, várias usinas de volta ao trabalho no Japão e novos reatores começando operações comerciais em muitos mercados, entre eles China, Índia, Coreia do Sul e pela Europa.

Tendências promissoras

Diretor executivo da AIE, Fatih Birol aponta que o setor de energia hoje produz mais emissões de gás carbônico que qualquer outro na economia global. Nesse quadro, são "encorajadores" o rápido crescimento das energias renováveis e a forte expansão da energia nuclear, para atender ao crescimento na demanda global por eletricidade nos próximos três anos, afirma ele. Birol diz que é preciso haver mais progresso nessa frente, mas vê "muitas tendências promissoras".

AIE ainda comenta que, em geral, os preços de energia estavam mais baixos em 2023 do que em 2022. As tendências, porém, variavam muito entre as regiões, afetando a competitividade das economias, acrescenta. Os preços da eletricidade no atacado na Europa recuaram mais de 50% na média em 2023, após o recorde de 2022 diante da invasão da Rússia na Ucrânia. Nos Estados Unidos, por sua vez, os preços da eletricidade estavam 15% mais caros em 2023, na comparação com 2019.

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