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Alemanha proíbe plásticos descartáveis

A lei alemã estipula que o governo privilegiará a aquisição de "produtos feitos com materiais reciclados" em licitações públicas

A crise da saúde fez com que a produção global de plástico diminuísse em 2020 (Hannibal Hanschke/Reuters)

A crise da saúde fez com que a produção global de plástico diminuísse em 2020 (Hannibal Hanschke/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de julho de 2021 às 10h12.

A partir deste sábado (3), a Alemanha proíbe a venda de plásticos descartáveis como pratos, copos ou cotonetes, em aplicação de uma diretiva europeia que visa proteger os oceanos da poluição.

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A nova lei, aprovada em setembro de 2020 e agora em vigor, proíbe "cotonetes, talheres, pratos, canudos, palitos de balão e copos", bem como embalagens de isopor, de uso único.

O texto aplica uma diretriz europeia aprovada em 2018 após meses de negociações entre os países da União Europeia para banir uma dezena de categorias de plásticos.

De acordo com a Comissão Europeia, os produtos incluídos representam 70% dos resíduos despejados no mar e nas praias.

Na Alemanha, será permitida a venda dos estoques pré-existentes, bem como a comercialização de produtos para os quais ainda não há alternativa, como fraldas, absorventes higiênicos ou cigarros com filtros de plástico.

No entanto, deverão ser rotulados com um aviso de danos ambientais causados pelo plástico.

A lei alemã estipula que o governo privilegiará a aquisição de "produtos feitos com materiais reciclados" em licitações públicas.

A crise da saúde fez com que a produção global de plástico diminuísse em 2020, de 368 milhões de toneladas em 2019 para 367 milhões (-0,3%), segundo a associação europeia de produtores de plástico.

Desde o início da era industrial, a produção havia diminuído apenas em 1973, com a crise do petróleo, e em 2008, com a eclosão da crise financeira.

Ainda assim, a associação de proteção da vida selvagem WWF alerta que a produção global de resíduos plásticos pode aumentar 41% até 2030 e dobrar a quantidade de resíduos nos oceanos para 300 milhões de toneladas.

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