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Marina Filippe
Publicado em 18 de julho de 2021 às 08h10.
As fake news (notícias falsas, em tradução literal) têm prejudicado a população de forma geral ao disseminar informações incorretas, e isto não é diferente para as empresas. Nas companhias europeias, por exemplo, 70% acreditam que crises de reputação atingem as corporações, sendo que parte das crises podem estar associadas às fake news.
O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor
Pensando nisso, a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) lança o "Manual Prático para Lidar com a Desinformação nas Empresas", um guia para ajudar as organizações a enfrentarem as fake news no ambiente corporativo.
"A ideia surgiu das ações da Aberje nos últimos cinco anos com um grupo de 160 líderes em diferentes empresas. Entendemos que os funcionários podem ser disseminadores ou vítimas de fake news e é preciso uma política interna para o combate", diz Hamilton dos Santos, diretor-geral da Aberje.
A iniciativa é parte do projeto Aliança Aberje de Combate às Fake News, movimento empresarial criado no Brasil para tratar da questão da desinformação. No manual, é possível encontrar orientação para verificar se a organização está internamente preparada para enfrentar informações enganosas, identificar as áreas mais vulneráveis, montar um plano de contingência e definir o papel das suas lideranças no enfrentamento das notícias falsas.
“Percebemos que há uma necessidade crescente nas organizações de incluir a desinformação no compliance, na matriz de riscos e como parte do atendimento aos critérios ESG”, diz Santos. "As práticas levam em conta a identificação de notícias verdadeiras e do uso do bom jornalismo.
O Manual Prático para Lidar com a Desinformação nas Empresas traz também um glossário dos principais termos sobre desinformação, uma lista com as principais agências de checagem no Brasil e uma relação de treinamentos gratuitos sobre fake news.
O executivo espera alcançar 4 milhões de funcionários em diferentes companhias. Das 160 participantes do grupo de líderes, ao menos 70 aderiram formalmente o projeto e irão se apropriar do uso completo dos materiais produzidos.