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Reciclagem avançada pode impulsionar economia circular

De acordo com a McKinsey, método poderia atender até 8% da demanda de polímeros até 2030, exigindo investimento de mais de US$ 40 bilhões na próxima década

Centro de reciclagem da engarrafadora de bebidas Coca-Cola Femsa, em São Paulo: 700.000 garrafas PET processadas por dia (Eduardo Frazão/Exame)

Centro de reciclagem da engarrafadora de bebidas Coca-Cola Femsa, em São Paulo: 700.000 garrafas PET processadas por dia (Eduardo Frazão/Exame)

Investir em reciclagem é um dos pontos centrais da atualidade. População e indústria estão cada vez mais conscientes de que o cuidado com o meio ambiente passa pelo reaproveitamento de material.  Há um crescente interesse pela economia circular. De acordo com artigo recente da consultoria McKinsey, a inovadora reciclagem avançada é uma solução potencial para atender a essa demanda. Segundo dados da consultoria, se existisse em larga escala, a reciclagem avançada poderia atender até 8% da demanda total de polímeros até 2030 e exigiria a implantação de mais de US$ 40 bilhões em investimento de capital na próxima década.

A reciclagem mecânica, que é a mais tradicional, é mais eficaz com resíduos classificados relativamente limpos e de alta qualidade, mas é limitada. A reciclagem avançada transforma resíduos plásticos pós-consumo, mais difíceis de reciclar mecanicamente, em matéria-prima circular certificada. Enquanto na reciclagem mecânica, os resíduos plásticos são lavados, triturados e peletizados, na reciclagem avançada há uma mudança química e um caminho mais longo para passar de resíduos plásticos a plásticos prontos para uso.

Ainda segundo a McKinsey, mais de 80 empresas globais de bens de consumo, embalagens e varejo assumiram compromissos públicos para incluir conteúdo reciclado em suas embalagens entre 15% e 50% até 2025. Países do mundo todo estão tomando medidas cada vez mais sustentáveis. A Europa lidera a regulamentação relacionada à sustentabilidade, com multas impostas a embalagens de plástico não reciclado e até proibição do uso de dez produtos de plástico de uso único. Austrália, Japão e Coreia do Sul estabeleceram metas de reciclagem para 2025 ou 2030.

De acordo com dados da Abiplast, o Brasil reciclou cerca de 23% das embalagens plásticas em 2020 e esse número precisa crescer. Uma empresa que vem investindo em reciclagem é a Braskem que anunciou, em fevereiro, um aporte de R$ 130 milhões em três projetos voltados para a economia circular. Parte desse recurso está sendo direcionada para a reciclagem avançada.

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