O que é cibersegurança e quais ações devem ser adotadas em nome da proteção de dados
Segundo o CEO da EXA, Alberto Leite, o Brasil é o quinto país que mais sofre com ataques para roubos de dados
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Publicado em 22 de agosto de 2023 às 15h42.
Hoje, ao criar um perfil nas redes sociais ou entrar nas brincadeiras que parecem inocentes e que viram “modinha”, todos nós fornecemos dados pessoais. Muitas vezes, compartilhamos informações sem qualquer avaliação prévia. Estamos a todo o tempo interagindo na internet em ambientes colaborativos ou compartilhados. No entanto, é preciso estar atento às armadilhas para evitar problemas de segurança, como vazamento de dados e ataques cibernéticos.
Cibersegurança é a prática para proteção de computadores e servidores, dispositivos móveis, sistemas eletrônicos, redes e dados contra ataques ou ameaças cibernéticas. Também é chamada de segurança da tecnologia da informação.
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Com a proteção de dados, é possível interromper operações anormais, evitar que hackers usem informações para extorquir dinheiro ou ameaçar pessoas, ou empresas, ou até mesmo impedir que cidadãos caiam em golpes virtuais.
A EXA é uma empresa de soluções de segurança digital e tecnologia. Para o CEO, Alberto Leite, é importante fornecer algum tipo de informação de identificação ao ingressar em um novo serviço ou fazer uma compra de produtos, até para que ninguém se passe por você. “Para que você reúna provas como nome, documento e foto. Mas, por exemplo, pedir endereço para cadastro em rede social não deveria ser relevante”, afirmou o executivo à Esfera Brasil.
Estamos acostumados a fornecer informações sem perguntar o motivo. A grande questão é o que as empresas fazem com nossos dados e como protegê-los. “Se por um lado elas nos ajudam, promovem um certo conforto ao descobrir coisas, pesquisar, interagir e se divertir, elas têm uma quantidade de informações gigante. Por isso, é preciso ter um avanço na LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados] e na regulação da segurança nacional. As leis precisam acompanhar as mudanças.”
Veja também: Entenda o que é e quais são os limites da LGPD
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Na avaliação do executivo, o cidadão não deveria usar a mesma senha em diferentes sistemas. Quando possível, deveria usar a identificação em duas etapas e dar preferência às senhas por meio de biometria facial e digital. Todas as iniciativas precisam estar acompanhadas de softwares de segurança.
O Brasil é o terceiro país no ranking de uso de internet e redes sociais, daí a importância de uma legislação rígida para proteção de dados e da existência de empresas especializadas em cibersegurança.
“O País é top 5 em receber ataques, sobretudo ataques com dados, com finalidade de obter informações dos usuários de internet para fins econômicos, ou para revender a identidade ou comprar no site, obter empréstimo ou obter cadastros em órgãos públicos. Há um descasamento do que a gente precisa, com onde a gente está em nível de proteção”, disse Leite.
Cuidados e orientações
Os usuários de internet somos nós que trabalhamos, estudamos ou fazemos compras online, usamos os serviços bancários, entre outros. As crianças pequenas também estão no ambiente virtual de navegação.
Alberto Leite acredita que a educação é a base para que as pessoas mudem o comportamento nas redes. Ele defende que as grades curriculares brasileiras abordem também a tecnologia da informação, programação, cibersegurança e sistemas, para que, desde cedo, os alunos possam se habituar ao mundo digital, com suas especificidades.
Os pais também deveriam adquirir ferramentas para controlar minimamente a navegação de crianças e adolescentes, bloquear sites e controlar o tempo de exposição aos conteúdos, “não para punir, mas para entender o comportamento dos filhos”.
“Os pais devem procurar equipamentos de parental control para os filhos e para si, usando coisas muito simples, como criptografia, antivírus, rede de proteção VPN e rede de proteção de browser fraudulento. Isso já dá uma primeira camada de proteção”, explicou o CEO.
Para prevenção a golpes virtuais, há algumas recomendações de segurança. São elas:
- tome cuidado ao divulgar informações pessoais nas redes sociais ou em conversas online com desconhecidos. Até mesmo o número de telefone pode ser usado por criminosos para aplicar golpes;
- desconfie de e-mails suspeitos. Caso não conheça o remetente, não responda, não clique em links e nem abra qualquer anexo;
- ao acessar sites, confirme se são seguros antes de clicar em qualquer botão ou digitar alguma informação;
- observe se o endereço da página está correto. Se houver uma única letra diferente, o site pode ser falso;
- verifique se há um cadeado ao lado do endereço virtual, pois o símbolo indica que o site é protegido;
- instale um bom antivírus com um módulo de proteção online, para alertas sobre riscos na web, como páginas infectadas e sites duvidosos;
- busque por selos de segurança, que são responsáveis por certificar que um site é seguro, seja na página principal ou durante o processo de compra no carrinho;
- confirme os dados de contato da empresa, como histórico, endereços e contatos;
- use senhas fortes, com letras, números e caracteres especiais;
- evite o uso de redes Wi-Fi públicas;
- não salve dados do cartão bancário.
“Você tem três portas com cadeados em casa e o vizinho não tem portão, você simplesmente entra. Ou seja, quem entrar na casa de três portões, vai demorar mais. É exatamente assim que funciona com a cibersegurança: você tem que gerenciar o conforto da navegação com a sua proteção pessoal”, aconselhou Leite.