Lula acredita em um Brasil a 100 por hora com nova política industrial e o PAC
Segundo presidente, é preciso fortalecer o pequeno e o médio empreendedor para geração de emprego e renda no País; ele vê o SUS como mercado consumidor
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Publicado em 18 de julho de 2023 às 06h00.
Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a retomada da política industrial e de obras de infraestrutura, entre elas o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Brasil vai estar a “100 por hora”. A afirmação foi feita durante o programa “Conversa com o Presidente” na última semana.
“Um País que tem uma política industrial correta consegue exportar produtos com maior valor agregado, os chamados ‘manufaturados’. Isso agrega mais dinheiro para a nação. Uma indústria agrega mais salário ao trabalhador, uma média salarial melhor, e o País cresce do ponto de vista científico e tecnológico”, destacou.
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Na reunião que retomou o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, parado desde 2015, o governo federal disse que, em quatro anos, a previsão é investir ao menos R$ 106 bilhões na Indústria. Os recursos virão do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Foram também reunidas sugestões para a nova política industrial, que serão debatidas no “Conselhão”. O grupo é formado por 246 conselheiros, entre representantes do governo federal e da sociedade civil, de todos os estados e de diferentes segmentos, para assessorar o Planalto na formulação de políticas para o desenvolvimento econômico e social sustentável.
“Há uma perspectiva de investimento de até R$ 6 bilhões em inovação. Tem que ser uma política industrial para valer. Além de a gente fazer investimento e inovação, temos que discutir que nicho de indústria a gente vai querer crescer”, explicou Lula.
Já o novo PAC pretende incluir no programa a questão energética, a transição ecológica, além de rodovias, ferrovias e saneamento básico, uma vez que um dos maiores desafios do Brasil é a universalização do acesso à água potável e tratamento de esgoto.
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A política clareia o horizonte para a economia
O presidente disse estar otimista com o Brasil. “A economia vai voltar a crescer, a inflação vai continuar caindo, os juros vão ter que baixar para que a gente possa ter crédito disponibilizado a custo baixo, para que quem queria empreender possa pegar dinheiro emprestado. Aí vai começar a melhorar salário, a gente vai fazer mais política de inclusão social e tudo vai voltar à normalidade”, defendeu.
SUS
O presidente acredita que um dos setores com potencial de crescimento é o da saúde, por meio do fornecimento de insumos e máquinas para o Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de compras governamentais. Para Lula, o SUS poderá ser um indutor do crescimento econômico.
“O SUS é um grande mercado consumidor, por isso defendemos que as compras governamentais sejam fortalecidas. Se a gente compra produtos estrangeiros, a chance da nossa pequena e média empresa crescer acaba. Nós queremos fortalecer o pequeno e médio empreendedor, a empresa, porque essa gente gera empregos e riqueza para o País”, afirmou o presidente