São Paulo ocupa a primeira posição em potência instalada de geração distribuída de energia solar fotovoltaica (Vasileios Filis/AFP)
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Publicado em 29 de maio de 2023 às 08h30.
Para incentivar a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no estado de São Paulo, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) decidiu reestruturar o Plano Estadual de Energia (PEE) 2050. A agência InvestSP identificou 21 projetos de transição energética em andamento que somam investimentos privados de R$ 16,8 bilhões. A expectativa é que o PEE seja concluído até o fim do ano.
Segundo o governo, são 14 projetos na área de energia, três no setor automotivo e de máquinas e equipamentos, dois em tratamento de resíduos, um em mineração, metalurgia e mecânica e um focado em comércio e serviços. Juntos, os empreendimentos devem gerar mais de 4,5 mil empregos diretos.
“O Plano Estadual de Energia será amplamente debatido com a sociedade e com os setores produtivos. Pretendemos atrair ainda mais investimentos privados para o estado, por meio de empresas que busquem investir em projetos focados em transição energética e em redução de gases”, explicou a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende.
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De acordo com dados dos balanços energético nacional e do estado de 2022, São Paulo tem 58,5% da matriz energética renovável, o que supera a média do País (47,7%) e do mundo (14,1%), e responde por mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
O estado é o maior produtor de etanol e ocupa a primeira posição em termos de potência instalada de geração distribuída de energia solar fotovoltaica. O potencial de produção de biogás corresponde a mais do que o dobro do consumo paulista. É ainda o segundo maior produtor de petróleo e gás natural.
“Estamos com projetos de novas plataformas, ampliação de desenvolvimento de campos e poços pioneiros com alto potencial de sucesso na Bacia de Santos, em áreas próximas ao estado. A produção de hidrogênio se mostra promissora em território paulista, com isso, o estado se torna atrativo para investimentos sustentáveis”, informou o governo.
Como exemplos de ações rumo à descarbonização, foram citadas as melhorias de eficiência energética de máquinas e equipamentos, a substituição de óleo diesel por gás natural e veículos elétricos no setor de transporte.
Apesar de se destacar no setor no Brasil, o estado é também um grande consumidor de energia elétrica.
O Plano Estadual de Energia foi dividido em duas fases. A primeira tem cinco eixos estruturantes – meio ambiente, social, infraestrutura, regulação e mercado – e 12 áreas de atuação. São elas: eficiência energética; disponibilidade hídrica e múltiplos usos; projetos híbridos; redes inteligentes; recursos energéticos; biomassa, biocombustíveis e resíduos; petróleo, gás natural e derivados; eólica offshore; hidrogênio; eletromobilidade; mudanças climáticas; e mecanismos de mercado.
“Temos percebido uma demanda crescente, por parte dos investidores, por projetos de energia limpa, demonstrando a competitividade de São Paulo nessa tendência global de empreendimentos que priorizam critérios de sustentabilidade e governança. Captar esses recursos é fundamental para manter a atratividade paulista na economia das próximas décadas”, afirmou o presidente da InvestSP, Rui Gomes.