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Brasil e França são parceiros há dois séculos na saúde, educação e ciência

Segundo a Embaixada da França no Brasil, são mais de 800 acordos de cooperação assinados com universidades; parceria se estende também em áreas econômicas

Relação entre Brasil e França é próspera e se estende há dois séculos em áreas como educação, saúde e economia. (USP/Divulgação)

Relação entre Brasil e França é próspera e se estende há dois séculos em áreas como educação, saúde e economia. (USP/Divulgação)

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Publicado em 29 de setembro de 2023 às 06h00.

A relação entre o Brasil e a França é antiga: tem mais de 200 anos e abrange diferentes setores. Vai do transporte à energia, passa pela indústria, agronegócio, defesa, ciência, saúde e tecnologia. O relacionamento bilateral é considerado próspero. Em 2006, os dois países assinaram uma parceria estratégica para promover o diálogo político e as relações econômicas e comerciais.

O Brasil e a França têm uma amizade de longa data, que foi intensificada nos últimos anos. Atualmente, são mais de mil empresas francesas instaladas no Brasil. Hoje, 90 mil brasileiros vivem na França continental e mais de 82 mil na Guiana Francesa.

A parceria possibilita a troca de know-how por meio de iniciativas conjuntas, como compartilhamento de recursos materiais, tecnológicos e humanos.

O território francês tem mais de 700 quilômetros de fronteira com o Brasil. De acordo com a Embaixada da França no Brasil, há uma relação transfronteiriça, que inclui uma importante cooperação entre a Guiana Francesa e o Amapá para vigilância epidemiológica, segurança, imigração, entre outros.

Para 2025, está marcada a reedição do Ano do Brasil na França. A ideia é o fortalecimento da relação entre os dois países pela preservação do meio ambiente, em nome da pesquisa científica, educação, cultura e defesa.

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Educação e ciência

A parceria na educação resultou em três liceus e uma das melhores e maiores universidades do mundo: a Universidade de São Paulo (USP).

Segundo a Embaixada, a França ocupa a quinta posição no ranking de parcerias com o Brasil em copublicações científicas. Os dois países reúnem 24 instrumentos de parceria científica ou em laboratórios internacionais de pesquisa: 12 Centros Nacionais de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês), cinco Institutos de Radioproteção e Dosimetria (IRD), quatro Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad, na sigla em francês) e três Institutos Nacionais Franceses de Pesquisa em Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente (Inrae, na sigla em francês).

Há também cooperação com agências de pesquisas, como o Institut National de Recherche en Informatique et en Automatique (Inria), o Instituto Pasteur e a Agência Nacional de Pesquisa Francesa (ANRS, na sigla em francês). Três institutos franceses têm representação permanente no Brasil: o CNRS, o IRD e o Cirad.

São mais de 800 acordos de cooperação assinados com universidades e 276 de duplo-diplomas. Por ano, mais de cinco mil estudantes brasileiros vão estudar na França. Entre os cursos mais procurados estão Engenharia, Informática, Ciências Humanas e Sociais e Línguas.

Na saúde, no século 19, houve a colaboração de Oswaldo Cruz e do Instituto Pasteur na criação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Neste ano, a parceria científica resultou na criação do Instituto Pasteur de São Paulo, com a participação da Fiocruz e da USP. São 40 pesquisadores, estudantes e técnicos e dois laboratórios de nível 3 de biossegurança.

Rio de Janeiro e Nice

Segundo o vice-presidente da Câmara de Comércio França-Brasil, Patrick Sabatier, há um projeto em construção para aproximar o Rio de Janeiro das cidades de Nice e Marselha, no sul da França. A intenção é promover a cooperação em áreas como cidades e portos inteligentes, segurança, sustentabilidade, tecnologia e inovação, indústria criativa e turismo.

“Demonstraremos o potencial de atração do Rio para investimentos franceses e colocaremos em destaque que essa região francesa pode ser um porto seguro para empresas brasileiras que desejam investir na Europa e na bacia do Mediterrâneo”, informou Sabatier à Câmara.

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