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Zona do Euro pode entregar resgate grego após eleições

Bloco discute adiar a entrega do empréstimo de 130 bilhões de euros para depois da eleição grega, marcada para abril

O temor do Eurogrupo é que o governo que vencer as eleições não cumpra as medidas acertadas para o empréstimo (Louisa Gouliamaki/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 16h48.

Bruxelas - Os países da zona do euro estão estudando adiar a entrega da ajuda internacional de 130 bilhões de euros à Grécia para depois das eleições antecipadas de abril, disseram fontes diplomáticas nesta quarta-feira à Agência Efe.

'Sim, isto está sendo discutindo, mas não é uma proposta formal', afirmaram as fontes. De acordo com elas, Alemanha, Holanda e Finlândia defendem essa ideia. Estes países possuem a máxima classificação creditícia triplo A e são mais inflexíveis com o resgate grego, porque precisam da autorização de seus Parlamentos.

Os ministros de Finanças da zona do euro realizam uma conferência telefônica para analisar a situação da Grécia, antes da reunião do Eurogrupo da segunda-feira, quando poderia ser dado o sinal verde ao plano de resgate, se Atenas cumprir com as exigências de Bruxelas.

No encontro do Eurogrupo de terça-feira começaram as discussões sobre um possível atraso de parte ou inclusive de todo o resgate à Grécia, quando a ideia de que 'é difícil acreditar nas promessas de alguém que talvez não esteja no poder após as eleições' foi divulgada pelos três partidos que formam a coalizão governamental liderada por Lucas Papademos, disseram as fontes.

Um atraso do pacote permitiria 'ganhar tempo', disseram as fontes, e os ministros voltarão a tratar esta possibilidade na segunda-feira na reunião ordinária do Eurogrupo.

As fontes citadas reconhecem que a fórmula - separar a troca de bônus entre o Governo de Atenas e o setor privado da injeção de ajuda internacional - acrescentaria incerteza à situação grega, embora 'no fundo exista a perspectiva das eleições de abril', disseram.

O tempo pressiona, no entanto, já que Atenas tem que enfrentar o vencimento de 14,5 bilhões de euros em bônus no dia 20 de março.

Os Estados-membros parecem estar de acordo que, antes de aplicar a troca de bônus que ajuda o perdão de 50% da dívida, devem ser incluídas as outras peças do resgate, como um corte adicional de 325 milhões de euros e a análise sobre a sustentabilidade do débito, assim como o grau de participação dos bancos no resgate que por enquanto não está pronto.


Fontes diplomáticas holandesas negaram que esta seja a posição oficial de seu país, e disseram desconhecer se as negociações avançaram nesta direção nas últimas horas.

Já algumas fontes germânicas afirmaram que a posição de Berlim foi reiterada nesta quarta-feira pelo porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert, quando negou categoricamente os rumores que apontavam que o Executivo começaria a considerar a quebra da Grécia como algo 'inevitável e aceitável'.

O ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, mostrou em declarações a emissoras de rádio sua impaciência com os conservadores gregos do partido da Nova Democracia (ND).

O líder da ND, Antonis Samarás, se comprometeu por escrito a realizar as reformas exigidas pela 'troika' (Banco Central Europeu, União Europeia e Fundo Monetário Internacional), inclusive se ganhar as eleições de abril, embora tenha incluído algumas condições e a possibilidade de renegociar e modificar o programa de ajustes e reformas.

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Bruxelas - Os países da zona do euro estão estudando adiar a entrega da ajuda internacional de 130 bilhões de euros à Grécia para depois das eleições antecipadas de abril, disseram fontes diplomáticas nesta quarta-feira à Agência Efe.

'Sim, isto está sendo discutindo, mas não é uma proposta formal', afirmaram as fontes. De acordo com elas, Alemanha, Holanda e Finlândia defendem essa ideia. Estes países possuem a máxima classificação creditícia triplo A e são mais inflexíveis com o resgate grego, porque precisam da autorização de seus Parlamentos.

Os ministros de Finanças da zona do euro realizam uma conferência telefônica para analisar a situação da Grécia, antes da reunião do Eurogrupo da segunda-feira, quando poderia ser dado o sinal verde ao plano de resgate, se Atenas cumprir com as exigências de Bruxelas.

No encontro do Eurogrupo de terça-feira começaram as discussões sobre um possível atraso de parte ou inclusive de todo o resgate à Grécia, quando a ideia de que 'é difícil acreditar nas promessas de alguém que talvez não esteja no poder após as eleições' foi divulgada pelos três partidos que formam a coalizão governamental liderada por Lucas Papademos, disseram as fontes.

Um atraso do pacote permitiria 'ganhar tempo', disseram as fontes, e os ministros voltarão a tratar esta possibilidade na segunda-feira na reunião ordinária do Eurogrupo.

As fontes citadas reconhecem que a fórmula - separar a troca de bônus entre o Governo de Atenas e o setor privado da injeção de ajuda internacional - acrescentaria incerteza à situação grega, embora 'no fundo exista a perspectiva das eleições de abril', disseram.

O tempo pressiona, no entanto, já que Atenas tem que enfrentar o vencimento de 14,5 bilhões de euros em bônus no dia 20 de março.

Os Estados-membros parecem estar de acordo que, antes de aplicar a troca de bônus que ajuda o perdão de 50% da dívida, devem ser incluídas as outras peças do resgate, como um corte adicional de 325 milhões de euros e a análise sobre a sustentabilidade do débito, assim como o grau de participação dos bancos no resgate que por enquanto não está pronto.


Fontes diplomáticas holandesas negaram que esta seja a posição oficial de seu país, e disseram desconhecer se as negociações avançaram nesta direção nas últimas horas.

Já algumas fontes germânicas afirmaram que a posição de Berlim foi reiterada nesta quarta-feira pelo porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert, quando negou categoricamente os rumores que apontavam que o Executivo começaria a considerar a quebra da Grécia como algo 'inevitável e aceitável'.

O ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, mostrou em declarações a emissoras de rádio sua impaciência com os conservadores gregos do partido da Nova Democracia (ND).

O líder da ND, Antonis Samarás, se comprometeu por escrito a realizar as reformas exigidas pela 'troika' (Banco Central Europeu, União Europeia e Fundo Monetário Internacional), inclusive se ganhar as eleições de abril, embora tenha incluído algumas condições e a possibilidade de renegociar e modificar o programa de ajustes e reformas.

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