Economia

Zona do euro conclui plano de ajuda aos bancos espanhóis

Zona do euro concluiu plano de ajuda de 41 bilhões de euros outorgado em 2012 ao governo espanhol para resgatar os bancos em dificuldades

Espanhóis fazem fila por comida distribuída por ONG: Espanha não irá recorrer a novos programas de assistência, disse entidade (Jorge Guerrero/AFP)

Espanhóis fazem fila por comida distribuída por ONG: Espanha não irá recorrer a novos programas de assistência, disse entidade (Jorge Guerrero/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 10h35.

Bruxelas - A zona do euro concluiu nesta terça-feira o plano de ajuda de 41 bilhões de euros outorgado em 2012 ao governo espanhol para resgatar os bancos em dificuldades.

"O plano de ajuda do Mecanismo Europeu de Estabilidade para a Espanha termina com sucesso hoje. Desde o seu início (...) o MEDE concedeu 41,3 bilhões de euros ao governo espanhol para recapitalizar seu setor financeiro. A Espanha não irá recorrer a novos programas de assistência", declarou o MEDE, criado em 2011 para ajudar os países em crise da zona do euro.

Como no caso da Irlanda, que deixou o resgate há algumas semanas, a Espanha não precisará de um novo programa de empréstimo de "precaução" para evitar dificuldades futuras.

Madri obteve de Bruxelas uma linha de crédito de 100 bilhões de euros para ajudar seus bancos, mas, finalmente, só precisou de 41 bilhões.

"É um sucesso incrível", considerou Klaus Regling, presidente do MEDE, assegurando que esta ajuda contribuiu para a "recapitalização dos bancos espanhóis com problemas, que agora tem uma base sólida".

"Apesar dos desafios à frente, estou convencido de que o apoio da zona do euro, em conjunto com as reformas estruturais, permitirá a economia espanhola gerar um crescimento substancial e estável", acrescentou.

O MEDE continuará a trabalhar com o governo espanhol para assegurar o reembolso total do empréstimo dentro dos prazos.

A quarta maior economia da zona do euro foi atingida em 2008 pela crise internacional e o estouro da bolha imobiliária.

Durante meses, todos os governos rejeitaram um pacote de socorro europeu. Mas em junho de 2012, Madri foi forçada a aceitar um resgate limitado ao setor bancário, no qual o Fundo Monetário Internacional (FMI) teve apenas um papel de supervisão.

Após dois anos de recessão, a economia espanhola começou a se recuperar no terceiro trimestre deste ano, mas o crescimento continua fraco e o país tem uma taxa de desemprego de 26%.

Acompanhe tudo sobre:BancosEspanhaEuropaFinançasPiigsZona do Euro

Mais de Economia

Brasil abre 201.705 vagas com carteira assinada em junho

Poder de compra das famílias melhora, mas riscos seguem no radar

Pente-fino: Previdência quer fazer revisão de 800 mil benefícios do INSS até o fim do ano

Reino Unido tem rombo de 22 bilhões de libras em contas públicas

Mais na Exame