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Williams, do Fed, vê obstáculos vindos de tarifas

O presidente do Fed de Nova York, John Williams, está preocupado com o aumento de tarifas comerciais e a desaceleração do crescimento global

Williams estima que o PIB dos EUA deve crescer neste ano entre 2,25% e 2,5%. (Lucas Jackson/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de junho de 2019 às 16h07.

Nova York — O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse nesta quinta-feira que as preocupações com o aumento de tarifas comerciais e a desaceleração do crescimento global estão elevando a incerteza e impedindo investimentos empresariais.

Com isso, Williams disse manter a mente aberta sobre as taxas de juros.

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Williams disse que a inversão da curva de juros é "informativa" sobre o que os mercados acreditam que o Fed deveria fazer. Mas ponderou que isso não força o Fed a cortar as taxas. Segundo a autoridade do Fomc, o Fed pode deixar as taxas de juros onde elas estão e pode precisar "ajustá-las".

O presidente da distrital de Nova York do Federal Reserve reconheceu estar "claro" para onde os mercados "querem" que a taxa básica de juros vá. "Mas isso não nos força a agir" de acordo com essa visão, afirmou nesta quinta-feira em evento no Conselho para Relações Exteriores, em Nova York.

Tratou-se de uma resposta à pergunta de um membro da plateia sobre se, no cenário de, daqui a um ano, a ponta longa da curva de juros ainda estar abaixo dos atuais juros básicos - estes na faixa entre 2,25% e 2,50% -, o Fed não passaria a estar com uma política monetária "apertada demais" e se veria obrigado a cortá-la.

Antes do questionamento, Williams havia confirmado que a atual inversão da curva de juros dos Treasuries na porção entre a T-bill de 3 meses e a T-note de 10 anos é "um dos vários fatores" que ele monitora ao pensar em política monetária.

"Minha visão é que estamos no nível neutro", comentou Williams sobre a atual taxa. "No mundo atual, pode ser que tenhamos de manter as taxas (básicas) ou pode ser que tenhamos de ajustá-las."

Segundo o presidente do Fed de Nova York, a política monetária está atualmente em uma fase em que ela não pode ser "tão firme".

Williams disse que seu cenário-base para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos neste ano é de uma taxa entre 2,25% e 2,5%.

Mas ele ressalvou que os efeitos positivos dos cortes de impostos do ano passado e do aumento de gastos do governo estão diminuindo, enquanto os ventos contrários devido a tensões comerciais estão aumentando.

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