Vinicultores chilenos contestam plano brasileiro
Para os chilenos, a aplicação de salvaguardas pelo Brasil seria uma "arbitrária ante os acordos comerciais vigentes entre os dois países"
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2012 às 17h36.
Santiago do Chile - Os vinicultores chilenos manifestaram nesta quinta-feira sua preocupação com o plano do governo brasileiro de aplicar salvaguardas às importações de vinhos , anunciado pela presidente Dilma Rousseff em fevereiro.
O assunto deveria ser uma prioridade para o governo, afirmou em entrevista coletiva Mario Silva, vice-presidente da associação Vinhos do Chile, que agrupa os exportadores do setor. Segundo ele, a aplicação de salvaguardas por parte do Brasil seria uma medida arbitrária ante os acordos comerciais vigentes entre os dois países.
Mario Silva destacou que a aplicação de salvaguardas representaria para os exportadores chilenos uma perda aproximada de US$ 18 milhões neste ano, número que aumentaria para entre US$ 40 milhões e US$ 50 milhões até 2020.
Segundo números da associação, as exportações de vinhos engarrafados chilenos ao Brasil somaram no ano passado US$ 89 milhões e 3 milhões de caixas de nove litros, com altas de 26,5% em valor e de 13,2% em volume em comparação com 2010. O preço médio no mercado brasileiro foi de US$ 28,98 por caixa (de nove litros), 11,8% a mais que no ano anterior.
A participação dos vinhos chilenos no mercado brasileiro chega a 32% em valor e a 36% em volume.
Mario Silva ressaltou que a associação se reuniu na quarta-feira com representantes dos produtores e que, em conjunto, decidiram contratar advogados no Brasil para defender o setor chileno no processo de salvaguardas aberto no Departamento de Defesa Comercial (Decom).
Segundo o dirigente empresarial, os acordos comerciais vigentes entre Chile e Brasil não permitem a aplicação de sobretaxas tarifárias. Por isso, a salvaguarda se concretizaria por meio da atribuição de cotas.
A entidade chilena não descartou recorrer a instâncias internacionais caso o Brasil concretize a medida, o que ocorreria em um prazo de sete meses. Os vinicultores chilenos insistiram em pedir ao governo de Santiago que transforme o tema em 'prioridade para o país'.
Santiago do Chile - Os vinicultores chilenos manifestaram nesta quinta-feira sua preocupação com o plano do governo brasileiro de aplicar salvaguardas às importações de vinhos , anunciado pela presidente Dilma Rousseff em fevereiro.
O assunto deveria ser uma prioridade para o governo, afirmou em entrevista coletiva Mario Silva, vice-presidente da associação Vinhos do Chile, que agrupa os exportadores do setor. Segundo ele, a aplicação de salvaguardas por parte do Brasil seria uma medida arbitrária ante os acordos comerciais vigentes entre os dois países.
Mario Silva destacou que a aplicação de salvaguardas representaria para os exportadores chilenos uma perda aproximada de US$ 18 milhões neste ano, número que aumentaria para entre US$ 40 milhões e US$ 50 milhões até 2020.
Segundo números da associação, as exportações de vinhos engarrafados chilenos ao Brasil somaram no ano passado US$ 89 milhões e 3 milhões de caixas de nove litros, com altas de 26,5% em valor e de 13,2% em volume em comparação com 2010. O preço médio no mercado brasileiro foi de US$ 28,98 por caixa (de nove litros), 11,8% a mais que no ano anterior.
A participação dos vinhos chilenos no mercado brasileiro chega a 32% em valor e a 36% em volume.
Mario Silva ressaltou que a associação se reuniu na quarta-feira com representantes dos produtores e que, em conjunto, decidiram contratar advogados no Brasil para defender o setor chileno no processo de salvaguardas aberto no Departamento de Defesa Comercial (Decom).
Segundo o dirigente empresarial, os acordos comerciais vigentes entre Chile e Brasil não permitem a aplicação de sobretaxas tarifárias. Por isso, a salvaguarda se concretizaria por meio da atribuição de cotas.
A entidade chilena não descartou recorrer a instâncias internacionais caso o Brasil concretize a medida, o que ocorreria em um prazo de sete meses. Os vinicultores chilenos insistiram em pedir ao governo de Santiago que transforme o tema em 'prioridade para o país'.