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Vice da Febraban prevê que inadimplência vai cair

Em março, a taxa média de inadimplência ficou em 5,7 por cento, segundo dados do Banco Central

Saque em caixa eletrônico (Chris Hondros/Getty Images)

Saque em caixa eletrônico (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2012 às 20h54.

Brasília - A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) estima que a taxa de inadimplência irá baixar, disse nesta quarta-feira o vice-presidente executivo da entidade, Wilson Roberto Levorato.

"Houve crescimento (da taxa) e esperamos que baixe porque não há sinal de que possa continuar crescendo", disse a jornalistas, após participar de evento em Brasília.

Em março, a taxa média de inadimplência ficou em 5,7 por cento, segundo dados do Banco Central.

A Febraban projeta para este ano expansão de 16 por cento do crédito, após alta de cerca de 19 por cento vista em 2011. "Esse é um crescimento substancial e significativo. O crédito vem crescendo e entendemos que vai continuar avançando principalmente na parte de imóveis." As declarações, feitas após evento do BC, ocorreram depois de um novo entrevero entre a Febraban e o governo devido à ofensiva estatal para forçar a queda dos spreads bancários.


Em relatório emitido na segunda-feira, assinado pelo economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, um trecho diz que "você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água", por considerar limitado o potencial do recente ciclo de cortes de juros do Banco Central sobre a expansão do crédito.

O governo da presidente Dilma Rousseff teria exigido uma retratação pública da entidade, que na terça-feira emitiu nota afirmando que os comentários de Sardenberg "não podem ser interpretados como um posicionamento oficial da entidade".

Contraditório -  As declarações feitas por Levorato nesta quarta-feira, entretanto, vão na contramão de números recentes. Uma pesquisa divulgada na semana passada pela própria Febraban mostrou que a perspectiva dos bancos para inadimplência para o final de 2013 é de estabilidade em 5,3 por cento.

Além disso, os principais bancos privados que divulgaram resultados do primeiro trimestre recentemente afirmaram esperar novas altas dos calotes, antes que eles voltem a cair.

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