Venezuela: Muitos comerciantes asseguram que, se aplicar novo valor, irão à falência (Adriana Loureiro/Reuters)
EFE
Publicado em 3 de setembro de 2018 às 21h28.
Caracas - O governo da Venezuela oficializou nesta segunda-feira a entrada em vigor do salário mínimo de 1.800 bolívares (US$ 30), decretado pelo presidente Nicolás Maduro, 35 vezes superior ao anterior, o que gerou polêmica, uma vez que muitos comerciantes asseguram que, se aplicá-lo, irão à falência.
A oficialização do decreto estabelece que o montante a ser pago é "obrigatório em todo o território nacional" para trabalhadores públicos e privados.
Além disso, o documento indica que o valor do bônus de alimentação, um benefício que não gera passivos trabalhistas, fica fixado em 10% do total do salário mínimo, equivalente a 180 bolívares (US$ 2,94).
O governo de Nicolás Maduro iniciou no último dia 20 de agosto o chamado "plano de recuperação econômica" com a entrada em vigor de um novo cone monetário que subtrai cinco zeros da moeda, o bolívar, que também recebeu uma nova denominação, "soberano".
Outras ações incluem o aumento salarial, a fixação de preços aos alimentos da cesta básica, a desvalorização em 95,8% da moeda, o aumento considerável dos impostos e das tarifas de transporte, além do preço da gasolina, entre outras medidas. EFE