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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h25.
Os comerciantes não têm por que reclamar. Pelo oitavo mês consecutivo, o volume de vendas aumentou, acumulando uma alta de 9,74% no ano. Segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo brasileiro em julho cresceram em quase todas os 27 estados, com exceção do Amapá, que registrou uma queda de 1,70%.
O aumento de 12,04% em volume de vendas do mês retrasado recuperou a retração de julho de 2003 em relação ao mesmo mês de 2002 e ainda cresceu em relação a 2002. A pesquisa corrobora a constatação feita por reportagem de EXAME (se você é assinante ou comprador de EXAME em bancas, clique aqui para ler a matéria).
Em termos de receita, o resultado é ainda melhor. Em julho, o comércio varejista faturou 16,6% a mais em relação a julho de 2003, quando o faturamento já tinha aumentado 14% em relação a julho de 2002
Segundo o IBGE, o crescimento do varejo foi, mais uma vez, generalizado. Na comparação julho de 2004 a julho de 2003, as taxas mais altas foram em Rondônia (42,52%), Acre (29,43%), Mato Grosso (28,64%) e Amazonas (24,79%). São Paulo e Rio Janeiro, os estados com o maior peso na receita do varejo nacional, apresentaram em julho ritmos diferentes de crescimento. Enquanto o varejo paulista continuou em torno da média, com variação de 12,38% no volume de vendas este mês, o Rio de Janeiro permanece reduzindo sua taxa, de 12,77% em maio para 9,21% em junho e 7% em julho. Este comportamento fez com que, nos últimos dois meses, o Rio perdesse sua posição de segunda maior participação no faturamento do varejo para Minas Gerais (15,09% e 11,32% nos meses de junho e julho, respectivamente).
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,35% de crescimento no volume de vendas em julho) passou a ser o maior impacto na taxa global do varejo, substituindo o ramo de móveis e eletrodomésticos, que liderava desde o início do ano. Em todas as comparações, a atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu, refletindo o ambiente mais favorável nos níveis de ocupação e rendimento real. Entre junho e julho, o volume de vendas evoluiu de 5,40% para 6,11% no acumulado do ano.