Economia

Vendas do comércio têm maior queda desde 2008

Volume de vendas caiu 1,1% em julho, o pior resultado desde outubro de 2008


	Varejo: essa é a segunda queda consecutiva do indicador
 (Patrick T. Fallon/Bloomberg/Bloomberg)

Varejo: essa é a segunda queda consecutiva do indicador (Patrick T. Fallon/Bloomberg/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 10h12.

Rio de Janeiro - O volume de vendas do comércio varejista caiu 1,1% em julho, na comparação com o mês anterior.

Essa é a segunda queda consecutiva do indicador e o pior resultado desde outubro de 2008 (que também ficou em -1,1%).

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Há decréscimo também quando se compara julho deste ano com o mesmo período do ano passado (-0,9%).

Nos acumulados do ano e do período de 12 meses, no entanto, o comércio continua apresentando altas: 3,5% e 4,3%, respectivamente.

Dos oito segmentos do comércio varejista analisados pelo IBGE, quatro tiveram queda na passagem de junho para julho deste ano: móveis e eletrodomésticos (4,1%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,4%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%).

O segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria teve volume de vendas estável em julho.

Três setores tiveram alta: livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (0,9%) e combustíveis e lubrificantes (0,8%).

Por outro lado, o varejo ampliado, que é calculado considerando-se veículos e materiais de construção além dos oito setores do varejo restrito, teve alta de 0,8%.

O setor de veículos e motos, partes e peças teve crescimento de 4,3%. Já os materiais de construção tiveram avanço de 3,8%.

A receita de vendas nominais do comércio teve queda de 0,7% na passagem de junho para julho, mas registrou crescimento na comparação de julho deste ano com o mesmo período do ano passado (5,9%), no acumulado do ano (9,8%) e no acumulado de 12 meses (10,8%).

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