Economia

Vendas a prazo têm queda de 2,03% em março

Para presidente da CNDL, custo para compras a prazo está alto, o que dificulta a melhora no cenário para o varejo


	Compras: custo para compras a prazo está alto, o que dificulta a melhora no cenário para o varejo, diz presidente da CNDL
 (Thinkstock/Wavebreakmedia Ltd)

Compras: custo para compras a prazo está alto, o que dificulta a melhora no cenário para o varejo, diz presidente da CNDL (Thinkstock/Wavebreakmedia Ltd)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 14h14.

São Paulo - O número de consultas ao banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) para vendas a prazo recuou 2,03% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Em relação a fevereiro, no entanto, houve aumento de 5,05%. No acumulado do ano, a queda é de 1,03%, e em 12 meses há retração de 0,55%.

De acordo com o SPC, o resultado sobre fevereiro não pode ser considerado positivo por conta do efeito calendário.

Março teve 22 dias úteis, contra 18 em fevereiro, que foi impactado pelo feriado do carnaval.

Em relação ao desempenho das vendas a prazo este ano, a economista-chefe da entidade, Marcela Kawauti, afirma que o principal motivo da queda é o atual cenário econômico brasileiro, que apresenta menor crescimento da massa salarial, alta dos juros, redução de emprego e, principalmente, inflação elevada.

A soma desses fatores gera encarecimento das parcelas e corrosão do poder de compra, diz Marcela. "O ideal para este ano é pagar à vista fazendo reservas financeiras", orienta.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o custo para compras a prazo está alto, o que dificulta a melhora no cenário para o varejo.

"O apetite do consumidor para contrair novas dívidas está em desaceleração, uma vez que seus gastos e pendências já atingiram o limite do comprometimento da renda familiar", afirma.

Acompanhe tudo sobre:CréditoSPCVendas

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo