Economia

Varejo pode gerar emprego com flexibilização, diz Riachuelo

Rocha participou de um congresso em São Paulo e defendeu que o atendimento nas lojas poderia ser melhor gerido com mudanças trabalhistas


	Flávio Rocha: a mudança da legislação trabalhista é uma das bandeiras do grupo de grandes redes de varejo
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Flávio Rocha: a mudança da legislação trabalhista é uma das bandeiras do grupo de grandes redes de varejo (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2016 às 13h39.

São Paulo - O presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, defendeu nesta quarta-feira, 14, propostas de flexibilização das leis trabalhistas. Para o executivo, o varejo poderia gerar mais empregos no Brasil se a legislação permitisse novos tipos de contrato de trabalho.

Rocha participou do Congresso Nacional das Relações Empresas-Cliente, em São Paulo, e defendeu que o atendimento nas lojas poderia ser melhor gerido com mudanças trabalhistas.

"O varejo como um todo lida com uma dificuldade grande, algo que está em pauta essa semana, que é o fato de a legislação trabalhista ser feita sob a lógica industrial e isso está revelando sua inadequação para o varejo e os serviços", comentou Rocha.

Ele considerou que há picos ao longo de um dia no fluxo de clientes nas lojas do varejo, mas que a legislação atual obriga escalas de trabalho que não atendem a essas flutuações.

A mudança da legislação trabalhista é uma das bandeiras do grupo de grandes redes de varejo representadas pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).

Em outras ocasiões, a entidade já defendeu a implementação de modelos de contratação para jornadas de trabalho mais curtas e temporárias, que atendessem a períodos de demanda mais intensa.

"Nos Estados Unidos, uma mãe de família deixa os filhos na escola e trabalha algumas horas, o estudante pode trabalhar meio período, o aposentado pode trabalhar algumas horas... Isso permite a flexibilidade para atender aos picos de demanda dos clientes", acrescentou Rocha.

A reforma trabalhista que deve ser proposta pelo governo do presidente Michel Temer até o fim do ano pretende elevar o limite da jornada diária de 8 horas para 12 horas, já contando horas extras, conforme tem dito o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

O teto semanal será mantido em 48 horas (44 horas mais 4 horas extras). A proposta ainda criará dois novos tipos de contrato: por hora trabalhada e por produtividade.

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