O comércio varejista em São Paulo faturou 4,35% a mais no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2003. De acordo com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o aumento pode ser considerado o início de um processo de recuperação do setor, mas não ainda pode ser motivo de comemoração. Apesar de positivo, o resultado ainda reflete um crescimento sobre dois meses (janeiro e fevereiro de 2003) em que as vendas nas lojas foram fracas.

No primeiro trimestre, os supermercados faturaram 5,07% a mais na comparação com os três primeiros meses de 2003, apesar da queda de 1,29% no faturamento de março. No mês passado, foram as farmácias (+3,88%) e as revendedoras de veículos (+14,26%) que mais contribuíram para o crescimento das vendas totais de 2,76%. Os economistas da Fecomercio atribuem a expansão nos dois segmentos ao aumento de preços que, no caso dos remédios, mostrou uma alta de 7,99%.

Na avaliação do presidente da Fecomerico, Abram Szajman, a alta do desemprego e o pequeno aumento no salário mínimo, anunciado nesta quinta-feira (29/4), não provocaram nenhuma alteração nas projeções de crescimento do varejo em 2004 feitas pela Fecomercio. "Mantemos a previsão de expansão de 3%."

A pesquisa, realizada desde 1979 pela Fecomercio, entrevista lojistas na região metropolitana de São Paulo. Participam do estudo comerciantes dos ramos automotivo, eletrodoméstico, vestuário e supermercados.