Economia

Uso global do euro cai mais devido a risco político, diz BCE

Maior queda foi registrada no uso do euro como moeda de financiamento, devido ao alto custo de fazer hedge contra uma queda em seu valor usando swaps

Euro: quase 20 por cento das reservas internacionais globalmente eram em euros no final do ano passado (./AFP)

Euro: quase 20 por cento das reservas internacionais globalmente eram em euros no final do ano passado (./AFP)

R

Reuters

Publicado em 5 de julho de 2017 às 10h46.

Frankfurt - O uso do euro como moeda internacional caiu ao longo do ano passado, devido principalmente às preocupações com os riscos políticos e o elevado uso de moedas de mercados emergentes, como o iuane, informou nesta quarta-feira o Banco Central Europeu (BCE).

A maior queda foi registrada no uso do euro como moeda de financiamento, devido ao alto custo de fazer hedge contra uma queda em seu valor usando swaps.

"A mensagem simples é de que o euro continuou a perder força como moeda internacional", disse o membro do conselho do BCE Benoit Coeure. "Mas o euro é inquestionavelmente a segunda moeda mais importante no sistema monetário internacional."

Entretanto, bancos centrais ainda elevaram suas reservas em euros, parcialmente refletindo visões de que o bloco está lentamente superando a crise de dívida.

Refletindo a crescente importância da moeda chinesa, o BCE determinou cerca de 500 milhões de euros de suas reservas cambiais internacionais em iuanes neste ano.

Quase 20 por cento das reservas internacionais globalmente eram em euros no final do ano passado, e Coeure disse que dados sugerem que isso pode continuar a subir.

O dólar continuou de longe sendo a moeda mais importante do mundo, detendo pouco menos de dois terços do mercado global para dívida internacional, empréstimos iternacionais e reservas cambiais, mostraram os dados do BCE.

Acompanhe tudo sobre:BCECâmbioEuroEuropaMoedas

Mais de Economia

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Fazenda mantém projeção do PIB de 2024 em 2,5%; expectativa para inflação sobe para 3,9%

Mais na Exame