Cana de açúcar: entretanto, presidente ressaltou que ainda é cedo para dimensionar o impacto (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 18h02.
São Paulo - A presidenta da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, disse hoje (20) que foi importante para o setor a decisão do governo federal de encarecer os tributos sobre gasolina e óleo diesel, mas ressaltou que ainda é cedo para dimensionar o impacto da medida.
Segundo Elizabeth, é preciso acompanhar a reação do mercado.
“Não é uma solução definitiva, e existem outras coisas em nossa agenda.” Segundo ela, para estancar o processo de fechamento das usinas, é necessária uma política que dê maior segurança de investimento, com um ambiente de estabilidade da economia. De acordo com Elizabeth, uma das reivindicações do setor é maior empenho no programa de redução de poluentes.
Para o diretor técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues, o repasse para o preço final aos consumidores dependerá da política de preços da Petrobras. Caso haja, como se prevê, aumento no valor cobrado nas bombas dos postos do comércio varejista, ele acredita que o etanol voltará a ser mais atrativo.
Rodrigues informou que, normalmente, há renovação de 18% no plantio, mas, por causa do mercado e do clima , a reforma nas lavouras tem ficado abaixo desse nível – no ano passado, caiu para 14%. Ele acredita que, em 2015 e 2016, o canavial ficará 16% ou 17% mais jovem.
As medidas para aumentar a arrecadação foram anunciadas ontem (19) pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Por causa da regra da noventena, que estabelece que a elevação de tributos das contribuições só pode entrar em vigor 90 dias depois do anúncio, o governo temporariamente elevará apenas o PIS e a Cofins em R$ 0,22 por litro da gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel.
Depois desse prazo, o reajuste do PIS/Cofins cai para R$ 0,12 para a gasolina e para R$ 0,10 para o diesel. A Cide subirá R$ 0,10 por litro da gasolina e R$ 0,05 por litro do diesel.
*Atualizada às 19h02 do dia 20/01/2015