Economia

União ficará com 80% do petróleo de Libra

Montante será garantido pela soma da participação da Petrobras no consórcio vencedor e do mínimo obrigatório de óleo ofertado ao governo

Operador da Petrobras testa amostra de petróleo extraído da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro (Rich Press/Bloomberg)

Operador da Petrobras testa amostra de petróleo extraído da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro (Rich Press/Bloomberg)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 19h21.

São Paulo – “Sucesso”, “grande satisfação”, “resultado melhor do que esse seria difícil de imaginar”...A soma de elogios direcionados pelo governo brasileiro ao leilão do Campo de Libra, o primeiro feito sob o regime de partilha, não para aí. Apesar da baixa concorrência no certame – que teve apenas uma proposta –, o governo se diz satisfeito com o resultado.

O argumento para justificar o sucesso do leilão de Libra é de que a União terá cerca de 80% do petróleo produzido no megacampo, uma "participação invejável para qualquer país", segundo o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão.

A área do pré-sal, na Bacia de Campos, tem extração estimada em 1,4 milhão de barris/ dia no pico. (Se fosse um país, Libra seria o vigésimo maios produtor).

Tal apropriação virá de duas fontes, uma direta e outra indireta. A soma do mínimo de óleo ofertado à União pelo consórcio vencedor, de 41,65%, e a da participação de 40% da Petrobras no consórcio.

Ao fim do leilão, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, minimizou as críticas sobre o número baixo de concorrentes ter frustrado as expectativas do governo.

Ela destacou os montantes vultosos que o consórcio vencedor - formado pela Petrobras (10%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%)  - terá de desembolsar. Além do bônus de assinatura de R$ 15 bilhões, o consórcio terá de arcar com um programa exploratório mínimo de cerca de R$ 610.903.087,00 milhões.

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