Economia

Unctad avalia que economia global enfrenta marasmo

Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) prevê que o mundo registrará uma melhora modesta na atividade em 2014


	DInheiro: agência da ONU já admite rever para baixo projeção de crescimento do PIB global
 (Chris Hondros/Getty Images)

DInheiro: agência da ONU já admite rever para baixo projeção de crescimento do PIB global (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 16h49.

Rio - Ancorada em políticas "inadequadas" e por vezes "inconsistentes", a economia global ainda enfrenta uma situação de marasmo, sem encontrar o caminho do crescimento sustentável após a crise de 2008.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, 10, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) prevê que o mundo registrará uma melhora modesta na atividade em 2014.

No entanto, a agência das Nações Unidas (ONU) já admite rever para baixo a projeção de crescimento de 2,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) global que consta do documento, concluído em julho. No ano passado o mundo cresceu 2,3%.

No documento, a Unctad defende que para romper o ciclo de baixo crescimento é preciso adotar políticas alternativas à austeridade fiscal e ao crescimento via exportações.

A receita da agência é fortalecer a demanda, favorecendo o crescimento real de salários e a maior distribuição de renda.

Também acena que, para eliminar inconsistências, as políticas fiscal e monetária sigam uma mesma direção, expansionista.

A piora da expectativa da agência para a economia global este ano vem da constatação de taxas de crescimento menores do que as antecipadas em países europeus e da América Latina, a situação dramática em países africanos, com a epidemia do ebola, e o "barril de pólvora" no relacionamento da Rússia com seus vizinhos e conflitos nos países do Oriente Médio, diz Antonio Carlos Macedo, professor do Instituto de Economia da Unicamp e responsável pela divulgação do estudo no Brasil.

"A economia global ainda não se recuperou e não superou uma situação de marasmo nas economias, arriscada e insustentável. Seis anos após a crise, o que se vê é um crescimento anormalmente lento", diz Macedo.

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