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Um suspiro (e só isso) da indústria

A produção industrial brasileira voltou a crescer em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, depois de 34 meses seguidos de queda. A alta foi de 1,4%, na série sem ajustes sazonais, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Não deixa de ser um alívio, mas […]

FÁBRICA DA FIAT, EM PERNAMBUCO: a indústria voltou a crescer, após 34 meses de queda / Germano Lüders (Germano Luders/Exame)
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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2017 às 18h23.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h24.

A produção industrial brasileira voltou a crescer em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, depois de 34 meses seguidos de queda. A alta foi de 1,4%, na série sem ajustes sazonais, segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Não deixa de ser um alívio, mas dois fatores exigem que a luz amarela continue acesa. Janeiro de 2017 teve 10% de dias úteis a mais – 22 ante 20. O aumento, portanto, poderia ser bem maior. E, em relação a dezembro, a indústria continua em declínio: queda de 0,1%.

As indústrias que mais tiveram peso na tímida melhora foram as extrativas, que avançaram 12,5% em relação a 2016, impulsionadas por minério de ferro, petróleo e gás natural. Produtos de informática (aumento de 18%), vestuário (13,3%), têxteis (10,8%), papel e celulose (6,9%) e veículos automotores (5,2%) também contribuíram para a subida. Por outro lado, máquinas e equipamentos continuam a jogar contra, com recuo de 4,9%.

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Na acumulado de 12 meses, a produção industrial teve queda de 5,4%. O IBGE vem registrando queda nesse tipo de comparação desde junho de 2016, mas o ritmo é menor do que o visto naquele mês (-9,7%).

“Há uma melhora de ritmo dessa produção industrial, mas isso não significa que haja uma trajetória positiva de crescimento. Continuamos próximos do patamar em que a indústria operava entre janeiro e fevereiro de 2009”, disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Ou seja: melhorou, mas estamos longe de poder dizer que a recuperação está encaminhada.

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