Pobreza: estudo indicou que a proporção de pessoas ameaçadas de pobreza ou exclusão caiu ligeiramente em relação a 2012 (Keith Levit/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 10h22.
Bruxelas - Mais de 120 milhões de pessoas na União Europeia (UE), ou seja, um a cada quatro europeus, estavam ameaçados de entrar na pobreza ou na exclusão social em 2013, conforme dados divulgados nesta segunda-feira pelo Eurostat, o escritório comunitário de estatística.
No total, 122,6 milhões de pessoas, o equivalente a 24,5% da população da UE, viveram risco de pobreza monetária, de privação material grave ou pertenciam a uma família com baixa intensidade de trabalho no ano passado.
O Eurostat indicou que a proporção de pessoas ameaçadas de pobreza ou exclusão caiu ligeiramente com relação a 2012, quando se situou em 23,8%.
Em 2013, mais de um terço da população sofria essa ameaça em cinco Estados-membros: Bulgária, (48%), Romênia (40,4%), Grécia (35,7%), Letônia (35,1%) e Hungria (33,5%).
As taxas mais baixas se deram, por outro lado, na República Tcheca (14,6%), seguida de Holanda (15,9%), Finlândia (16%) e Suécia (16,4%).
Entre os países com dados disponíveis, a taxa de risco de pobreza ou exclusão aumentou entre 2008 e 2013 na maior parte deles.
Por outro lado, essa taxa diminuiu na Polônia (de 30,5% em 2008 para 25,8% em 2013), na Romênia (de 44,2% para 40,4%), na Áustria (de 20,6% para 18,8%), na Finlândia (de 17,4% para 16%), na Eslováquia (de 20,6% para 19,8%), na República Tcheca (de 15,3% para 14,6%) e na França (de 18,5% para 18,1%), enquanto na Bélgica a taxa permaneceu estável.
Observando se os ingressos disponíveis estavam abaixo do limite de risco de pobreza nacional, 16,7% dos europeus estava em risco de pobreza monetária em 2013, uma proporção que diminuiu com relação ao ano anterior (16,9%), mas subiu se comparado com 2008 (16,6%).
O Eurostat destacou que esse limite caiu por causa da crise econômica em vários países.
Em 2013, mais de 20% da população estava em risco de pobreza monetária na Grécia (23,1%), na Romênia (22,4%), na Bulgária (21%), na Lituânia (20,6%) e na Espanha (20,4%).
No entanto, as taxas mais baixas foram na República Tcheca (8,6%) e na Holanda (10,4%).
Os europeus que estavam em estado de privação material grave totalizavam 9,6% da população em 2013, enquanto 10,7% viviam com fraca intensidade de trabalho (contando às pessoas de até 59 anos).
Deste último indicador, Grécia (18,2%), Croácia (15,9%), Espanha (15,7%), Bélgica (14%) e Reino Unido (13,2%) registraram as maiores proporções.