Venezuela: ministros disseram que as eleições regionais venezuelanas de 15 de outubro foram um divisor de águas (Andres Martinez Casares/Reuters)
Reuters
Publicado em 13 de novembro de 2017 às 08h12.
Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 15h51.
Bruxelas - Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia aprovaram sanções econômicas contra a Venezuela, incluindo um embargo de armas, nesta segunda-feira, argumentando que as eleições regionais venezuelanas do mês passado aprofundaram a crise no país sul-americano.
Atentos a não levarem a Venezuela ainda mais perto do colapso econômico e político, governos da UE evitaram mirar quaisquer indivíduos, deixando nomes para uma fase posterior para tentar persuadir o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a acalmar a situação.
"Tudo que fazemos visa buscar um diálogo entre o governo e a oposição para encontrar uma solução democrática e pacífica", disse o chanceler espanhol, Alfonso Dastis, a repórteres em uma reunião com seus colegas na qual a decisão sobre as sanções foi tomada.
A Espanha vem pressionando há tempos por sanções a elementos próximos de Maduro, que Washington acusa de ter instaurado uma ditadura, mas a UE está dividida sobre quem punir.
Em um comunicado conjunto, todos os 28 chanceleres do bloco disseram que a base legal para proibições de viagens de indivíduos para a UE e o congelamento de bens no bloco "será usada de uma maneira gradual e flexível e pode ser ampliada".
No comunicado, os ministros disseram que as eleições regionais venezuelanas de 15 de outubro foram um divisor de águas que endureceu a posição do bloco e que ocorreram em meio a "numerosas irregularidades relatadas".
Os resultados pareceram favorecer o governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) de Maduro. Pesquisas indicavam que a oposição conquistaria uma maioria com facilidade, mas esta só conquistou alguns governos estaduais, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral pró-governo.
Os chanceleres da UE decidirão quem submeter a sanções em uma fase posterior, mas disseram que se concentrarão nas forças de segurança e em ministros e instituições de governo acusados de violações de direitos humanos e de "desrespeito aos princípios democráticos ou ao Estado de Direito".