Economia

Ucrânia suspende acordo de comércio com a Rússia

Segundo um regulamento governamental, a suspensão do acordo de comércio livre vai vigorar até 31 de dezembro de 2016.


	Comflito na Ucrânia: em 2014, o comércio bilateral entre os dois países caiu 29,4% frente ao ano anterior
 (REUTERS/Vasily Fedosenko)

Comflito na Ucrânia: em 2014, o comércio bilateral entre os dois países caiu 29,4% frente ao ano anterior (REUTERS/Vasily Fedosenko)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2016 às 10h13.

A Ucrânia suspendeu hoje (2) o acordo de livre comércio com a Rússia e proibiu, a partir de 10 de janeiro, a importação de uma série de produtos russos em resposta a medidas semelhantes adotadas por Moscou ontem (1º).

Segundo um regulamento governamental, a suspensão do acordo de comércio livre, que implica a introdução imediata de tarifas aduaneiras, vai vigorar até 31 de dezembro de 2016.

Já o veto às importações de produtos russos vai se prolongar até 5 de agosto ou até que a Rússia acabe com o embargo imposto às importações de produtos alimentares e outros produtos ucranianos.

A proibição ucraniana afeta as importações de vodca, cerveja, carnes bovina, suína e de aves, pescado, produtos lácteos, chocolates, doces, massas, molhos e alimentos para cães e gatos. Além disso, continuam vetadas as importações de shampoos, cigarros com filtro, fertilizantes agrícolas, locomotivas e equipamentos para as vias férreas.

Ontem, entrou em vigor o acordo de comércio entre a União Europeia e a Ucrânia, mas a Rússia determinou restrições econômicas à Ucrânia como retaliação pela aproximação com a Europa.

A Rússia justificou as medidas restritivas contra Kiev com a necessidade de defender o seu mercado interno antes da entrada em vigor da parte econômica do acordo de associação entre a Ucrânia e a União Europeia.

Depois da anexação da península da Crimeia pela Rússia, em março de 2014, os intercâmbios comerciais entre a Rússia e a Ucrânia caíram. Em 2014, o comércio bilateral entre os dois países caiu 29,4% frente ao ano anterior e, nos primeiros 10 meses de 2015, as trocas comerciais caíram para metade.

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