Trump: o déficit fiscal dos EUA em julho subiu para US$ 76,8 bilhões (Alex Wong/Getty Images)/Getty Images)
EFE
Publicado em 30 de agosto de 2018 às 17h12.
Washington -O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, transmitiu nesta quinta-feira ao Congresso sua intenção de cancelar o aumento salarial que os funcionários federais deveriam receber a partir do próximo dia 1º de janeiro, alegando a necessidade de colocar o país "em um leito fiscalmente sustentado".
"Devemos manter nossos esforços para situar nossa nação em um leito fiscalmente sustentado, e os orçamentos federais não podem sustentar semelhantes incrementos", afirmou o líder em carta dirigida aos líderes republicanos do Senado, Mitch McConnell, e da Câmara dos Representantes, Paul Ryan.
Na carta, Trump argumenta que o aumento contemplado no orçamento federal do próximo ano, que representa um aumento salarial de 2,1%, teria um custo aproximado de US$ 25 bilhões para os cofres do Estado.
"Decidi que para o ano de 2019 tanto os aumentos gerais como os pontuais serão zero", anunciou Trump, que ressaltou que esta decisão "não terá nenhum efeito material na hora de atrair ou reter mão de obra federal altamente qualificada".
O porta-voz do Comitê Nacional Democrata (DNC), Daniel Wessel, reagiu em comunicado no qual acusou o chefe de Estado de ter dado "uma nova bofetada" nos trabalhadores americanos.
"Trump disparou o déficit com seu corte tributário em massa às grandes empresas e aos mais ricos, enquanto as famílias não levaram nada", criticou Wessel, em referência à nova lei de impostos aprovada pelo Congresso em dezembro do ano passado.
No início de agosto, o Departamento do Tesouro reconheceu que o déficit fiscal dos EUA em julho subiu para US$ 76,8 bilhões, 79% a mais do que no mesmo mês de 2017.
"Em face da situação fiscal que atravessa a nossa nação, o salário dos funcionários federais deve ser baseado no seu rendimento e estar em sintonia com uma contratação estratégica", concluiu Trump.