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Trump ataca presidentes do Fed e da China: "Quem é nosso pior inimigo?"

Trump criticou o Jay Powell por não ter deixado claro os próximos passos do Fed e a retaliação comercial da China anunciada nesta sexta-feira (23)

EUA: Trump espera um elevado corte de juros do Fed e tenta vencer a guerra comercial com a China (Luke Sharrett/Bloomberg)
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EFE

Publicado em 23 de agosto de 2019 às 13h48.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , criticou nesta sexta-feira o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), e o presidente da China, Xi Jinping , em mensagem postada no Twitter, após Pequim anunciar tarifas adicionais no comércio com os EUA.

"A minha única pergunta é: quem é nosso pior inimigo, Jay Powell ou o presidente Xi?", indagou.

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Powell discursou hoje e evitou falar sobre os próximos passos do Fed com relação a política monetária, e nquanto a China impôs mais encargos sobre produtos americanos, em um valor que chega a US$ 75 bilhões (R$ 303,2 bilhões).

"Como de costume, o Fed não fez nada! É incrível que possam falar, sem saber ou perguntar o que estou fazendo, o que será anunciado em breve. Temos um dólar muito forte e um Fed muito frágil", afimou Trump.

Os investidores esperavam que Powell desse alguma pista, em seu discurso de hoje, sobre os próximos passos do Fed, depois que, na última reunião do banco, em julho, foi decidido pela diminuição das taxas de juros para entre 2% e 2,25%.

Este foi o primeiro corte nos EUA em mais de uma década, já que o anterior havia acontecido depois da grave crise financeira registrada no fim de 2008.

Powell, no entanto, manteve a postura reservada e não se comprometeu a seguir com a redução de taxas de juros, conforme alguns setores e o próprio Trump se mostraram favoráveis.

"A pergunta-chave colocada nessa era, então, é como podemos apoiar melhor o emprego máximo e a estabilidade de preços no mundo, com uma taxa de juros neutra baixa", afirmou o presidente do FED.

China

Trump se reuniu com sua equipe de comércio na Casa Branca, segundo a CNBC, após a China impor tarifas retaliatórias sobre produtos dos Estados Unidos e o líder republicano pedir às empresas norte-americanas que saiam da China.

A China cumpriu as ameaças e hoje anunciou a imposição de tarifas as bens dos Estados Unidos sobre US$ 75 bilhões, em resposta aos últimos aumentos de encardos feitos pelos americanos. A medida do governo do país asiático entrará em vigor a partir de 1º de setembro.

Um repórter da CNBC disse no Twitter que a reunião estava acontecendo por volta do meio-dia, no horário local.

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