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Trump aciona tarifa para aço importado. Os alvos? Seus aliados

União Europeia, Canadá e México irão sofrer uma sobretaxa de 25% em exportações de aço e 10% em alumínio

Anúncio: Trump anunciou um pacote de sobretaxas a aço e alumínio que irão incidir sobre alguns de seus principais aliados (Jonathan Ernst/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2018 às 06h15.

Última atualização em 1 de junho de 2018 às 07h09.

Se os ânimos tarifários do presidente americano Donald Trump estavam hibernando, eles retornam com tudo nesta sexta-feira. Hoje começam a valer as taxas sobre alumínio e aço importados nos Estados Unidos e que tenham vindo de Europa , México e Canadá , alguns dos principais aliados dos americanos. A tarifa foi decretada ontem, mas o plano de impor taxas sobre essas commodities é algo que vinha sendo debatido desde março. O movimento marca o fim das exigências que Trump fez aos países nos últimos meses para evitar a imposição das taxas.

União Europeia , Canadá e México irão sofrer uma sobretaxa de 25% em exportações de aço e 10% em alumínio. O movimento cria uma alavancagem de Trump na hora de continuar as negociações sobre o andamento do Nafta , o bloco econômico da América do Norte, na medida que faz valer suas promessas de sair da organização. Mas, principalmente, gera instabilidade entre os Estados Unidos e seus principais parceiros comerciais, que agora temem uma escalada de um conflito comercial.

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A retaliação já está marcada. O Canadá afirmou que irá impor taxas em bens americanos, num total avaliado em 12,8 bilhões de dólares — uma estimativa do valor de alumínio exportado para os Estados Unidos no ano passado. Essas tarifas, que entram em vigor no dia 1º de julho, foram elaboradas para ter impacto mais significativo nas regiões onde Trump tem maior apoio, mirando produtos como ketchup, inseticidas e máquina de lavar roupas. Com minutos da decisão tomada pelos americanos, o México já havia anunciado tarifas contra importados dos Estados Unidos.

Durante o anúncio da imposição das tarifas, o secretário de Comércio, Wilbur Ross afirmou que o governo tem uma visão de que “sem uma economia forte, não é possível ter segurança nacional”. Canadá e Europa se opuseram fortemente à afirmação, dizendo que eles não são qualquer tipo de ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos, citando as alianças que duram anos e os acordos de defesa com o país.

As tarifas de Trump já estavam valendo para Rússia, Turquia, Japão e China desde o final de março. Trump usou as ameaças para garantir acordos com Coreia do Sul, Brasil e Austrália, que concordaram em restringir seus envios de metais para os Estados Unidos.

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