Economia

Tributos travam queda de custos da previdência privada

Segundo o vice-presidente da FenaPrevi, as taxas de administração dos planos de previdência privada estão muito próximas das de mercados desenvolvidos, entre 0,7% e 3%

Site permite buscar pacotes bancários por preço e conhecer a composição de 72 cestas de serviços (SXC/SXC)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 20h51.

São Paulo - A carga tributária e outros encargos dificultam uma queda maior das taxas de administração dos planos de previdência privada, que, de qualquer forma, estão muito próximas das de mercados desenvolvidos, afirmou o vice-presidente da FenaPrevi e diretor executivo de Investimento e Previdência do Itaú Unibanco, Osvaldo Nascimento. Segundo ele, atualmente as taxas de administração, que remuneram o gestor dos ativos do plano, estão variam de 0,7% a 3%.

"O que limita a redução das taxas é o arcabouço regulatório e o tributário", disse ele em entrevista à imprensa realizada durante do VI Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada. Ele citou como exemplo as taxas de fiscalização cobradas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) e sobre a criação de produtos de previdência cobradas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "Caminhamos positivamente em termos de taxas de juro da economia, mas ainda estamos sobrecarregados com uma série de custos que deixam o País menos eficiente do que outras economias", ponderou.

Sobre as taxas de carregamento, que cobrem as despesas da instituição financeira com corretagem e venda do plano, Nascimento destacou que houve queda dos últimos oito anos, de cerca de 10% para a média de 1% a zero, em alguns casos.

Mesmo diante dos custos para a criação de mais produtos aos investidores da previdência privada, Nascimento afirmou que o contexto econômico de juro mais baixo tem favorecido a diversificação dos perfis dos planos, mesmo que ainda timidamente. "Nos planos do tipo PGBL vemos perfis voltados à renda fixa, a índices de preços e letras financeiras", disse. Ele atribuiu parte dessa baixa diversificação ao fato de o mercado de capitais brasileiro ser pouco desenvolvido.

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