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Tributação emperra evolução da telefonia móvel, diz GSMA

A análise aponta ainda que a tributação pesada eleva o custo do acesso a telefones móveis e retarda a adoção do uso pelos consumidores

SMS pelo celular: Apenas em 2011, as operadoras de telefonia móvel e outras organizações do ecossistema móvel na América Latina pagaram quase US$ 54 bilhões em impostos (Roslan Rahman/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 16h30.

São Paulo - Aliviar a carga tributária no setor de telecomunicações pode beneficiar a economia da América Latina. Ao menos é o que apontam dois estudos feitos pela consultoria Deloite para a GSMA e para a Asociación Iberoamericana de Centros de Investigación y Empresas de Telecomunicaciones (AHCIET).

O levantamento encomendado pela GSMA mostra que o setor de telefonia móvel contribuiu com US$ 177 bilhões para as economias da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai, representando 3,5% do PIB da região.

No entanto, a conclusão do estudo é de que alguns países da região sofrem com a alta tributação específica para a telefonia móvel, o que ameaça o desenvolvimento contínuo do setor. “A tributação mais alta sobre o setor de telefonia móvel retarda a adoção de novos serviços, tais como os serviços móveis de banda larga 3G e M2M, e o uso de dispositivos móveis em geral”.

Já o levantamento feito em 11 países a pedido da AHCIET mostra que, além do PIB gerado por pagamentos dos consumidores por dispositivos e serviços de Tecnologia da Informação e das Comunicações (TICs), as operações de redes geram gastos em cada uma das economias latino-americanas através de investimentos das operadoras e de pagamentos ao ecossistema mais amplo.

Essas atividades criam valor agregado, contribuindo com o PIB do país através de todo o ecossistema. “A tributação no setor de TICs age como uma barreira à conectividade e restringe os investimentos, um problema que se revela especialmente prejudicial para a população de baixa renda”.

Além disso, as operadoras empregam 107 mil pessoas nos nove países pesquisados no levantamento da GSMA. Se levado em conta o contingente empregado em toda a cadeia de telecomunicações móveis nestes países, o número é ainda maior: 890 mil pessoas.


A análise aponta ainda que a tributação pesada eleva o custo do acesso a telefones móveis e retarda a adoção do uso pelos consumidores. Além dos tributos sobre as atividades empresariais, as operadoras de telefonia móvel em alguns países estão sujeitas a taxas de licenciamento, imposto sobre circulação de mercadorias e outros tributos governamentais obrigatórios, como o imposto sobre a propriedade.

Apenas em 2011, as operadoras de telefonia móvel e outras organizações do ecossistema móvel na América Latina pagaram quase US$ 54 bilhões a governos federais em impostos e taxas regulamentares, um aumento de 30% em comparação aos US$ 42 bilhões pagos em 2008.

O estudo da GSMA mostra que a penetração e o uso de serviços móveis no Equador e no Uruguai aumentaram expressivamente depois da eliminação de tributos específicos para a telefonia móvel em 2007 e 2008. Inversamente, no México e no Panamá, onde a tributação aumentou recentemente, a penetração e o uso se contraíram.

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São Paulo - Aliviar a carga tributária no setor de telecomunicações pode beneficiar a economia da América Latina. Ao menos é o que apontam dois estudos feitos pela consultoria Deloite para a GSMA e para a Asociación Iberoamericana de Centros de Investigación y Empresas de Telecomunicaciones (AHCIET).

O levantamento encomendado pela GSMA mostra que o setor de telefonia móvel contribuiu com US$ 177 bilhões para as economias da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru e Uruguai, representando 3,5% do PIB da região.

No entanto, a conclusão do estudo é de que alguns países da região sofrem com a alta tributação específica para a telefonia móvel, o que ameaça o desenvolvimento contínuo do setor. “A tributação mais alta sobre o setor de telefonia móvel retarda a adoção de novos serviços, tais como os serviços móveis de banda larga 3G e M2M, e o uso de dispositivos móveis em geral”.

Já o levantamento feito em 11 países a pedido da AHCIET mostra que, além do PIB gerado por pagamentos dos consumidores por dispositivos e serviços de Tecnologia da Informação e das Comunicações (TICs), as operações de redes geram gastos em cada uma das economias latino-americanas através de investimentos das operadoras e de pagamentos ao ecossistema mais amplo.

Essas atividades criam valor agregado, contribuindo com o PIB do país através de todo o ecossistema. “A tributação no setor de TICs age como uma barreira à conectividade e restringe os investimentos, um problema que se revela especialmente prejudicial para a população de baixa renda”.

Além disso, as operadoras empregam 107 mil pessoas nos nove países pesquisados no levantamento da GSMA. Se levado em conta o contingente empregado em toda a cadeia de telecomunicações móveis nestes países, o número é ainda maior: 890 mil pessoas.


A análise aponta ainda que a tributação pesada eleva o custo do acesso a telefones móveis e retarda a adoção do uso pelos consumidores. Além dos tributos sobre as atividades empresariais, as operadoras de telefonia móvel em alguns países estão sujeitas a taxas de licenciamento, imposto sobre circulação de mercadorias e outros tributos governamentais obrigatórios, como o imposto sobre a propriedade.

Apenas em 2011, as operadoras de telefonia móvel e outras organizações do ecossistema móvel na América Latina pagaram quase US$ 54 bilhões a governos federais em impostos e taxas regulamentares, um aumento de 30% em comparação aos US$ 42 bilhões pagos em 2008.

O estudo da GSMA mostra que a penetração e o uso de serviços móveis no Equador e no Uruguai aumentaram expressivamente depois da eliminação de tributos específicos para a telefonia móvel em 2007 e 2008. Inversamente, no México e no Panamá, onde a tributação aumentou recentemente, a penetração e o uso se contraíram.

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