Machado citou o caso do petroleiro João Cândido, lançado ao mar há dois anos e que ainda não foi entregue à Transpetro pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS) (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2012 às 16h11.
Rio - Os estaleiros com encomendas de navios e sondas para a indústria do petróleo serão cobrados com rigor a partir de agora para evitar que os atrasos nas entregas continuem, avisa o presidente da Transpetro, Sérgio Machado "Acabou a fase da inércia. Estamos entrando na fase do choque de produtividade", afirmou a jornalistas nesta sexta-feira, após dar palestra no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), no Rio de Janeiro.
Para o presidente da subsidiária de logística da Petrobras, os atrasos ocorridos até o momento decorreram do que chamou de "curva de aprendizagem". Esse período, segundo ele, será superado com o aperfeiçoamento da mão-de-obra e o desenvolvimento tecnológico dos estaleiros.
Machado citou o caso do petroleiro João Cândido, lançado ao mar há dois anos e que ainda não foi entregue à Transpetro pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS). "Está atrasada (a entrega) dois anos. Qualquer coisa pioneira é sempre difícil. Você nunca acerta de primeira. O navio foi acusado de estar furado, torto. (...) O navio está aí, bonito, na prova de mar", declarou.
A data de entrega do João Cândido, primeiro petroleiro construído pelo EAS no complexo portuário e industrial de Suape, na região Metropolitana do Recife, ficou acertada para o próximo dia 25, depois de Machado se reunir na última quarta-feira com o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB).
A embarcação tem capacidade para transportar 1 milhão de barris de petróleo e começou a ser construída em setembro de 2008. Em maio de 2010, foi batizado e lançado ao mar - embora não concluído. No evento, o então presidente Lula comemorou a retomada da indústria naval brasileira. O petroleiro é o primeiro de 22 navios encomendados pela Transpetro ao EAS.