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Transição energética representa risco para petróleo, diz Moody's

Para a agência de classificação de risco, a busca de menos emissões de gases causadores do efeito estufa pode prejudicar o setor de petróleo e gás

Petróleo: a Moody's nota ainda que esses avanços em setores como geração de energia renovável têm ocorrido a um ritmo mais rápido que o antecipado (Sergio Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2017 às 15h45.

São Paulo - A agência de classificação de risco Moody's afirmou que a transição energética no mundo, com a busca de menos emissões de gases causadores do efeito estufa, representa "riscos significativos para a indústria de petróleo e gás ".

Segundo ela, há ameaças como a menor demanda por petróleo e gás com o tempo, graças a iniciativas políticas, mudanças de preferências dos consumidores e também tecnológicas que podem mudar o panorama, especialmente nos setores de energia e automóveis, o que gera ainda incertezas sobre a velocidade das transformações.

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"A provável volatilidade de preços consequente e a crescente pressão sobre as margens e os fluxos de caixa potencialmente levarão a ativos em desuso", afirma a agência.

Os compromissos do Acordo de Paris são apontados como "uma ameaça significativa, com a ambição política global de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Mesmo que a velocidade e o escopo da implementação das políticas sejam incertos, não há dúvidas sobre a intenção e a direção deles", segundo a agência.

A Moody's nota ainda que esses avanços em setores como geração de energia renovável têm ocorrido a um ritmo mais rápido que o antecipado.

Os efeitos diretos financeiros não devem aparecer durante anos, mas poderiam se materializar por volta da década de 2020.

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