Economia

Transição energética estagnou no mundo, aponta Fórum Econômico Mundial

Os países que ficam nas melhores posições do índice de transição energética quase não representam 2,6% das emissões anuais globais

Energia renovável (Getty Images/Getty Images)

Energia renovável (Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 25 de março de 2019 às 12h31.

Genebra — A transição energética em nível mundial - medida em termos de segurança, acessibilidade e sustentabilidade - se estagnou nos últimos cinco anos e embora mais gente tenha acesso à energia, o progresso foi quase nulo do ponto de vista meio ambiental, de acordo com um relatório que analisa estes aspectos publicado nesta segunda-feira pelo Fórum Econômico Mundial.

O documento aponta que os sistemas energéticos "são menos abordáveis (para os consumidores) e não são mais sustentáveis para o meio ambiente do que cinco anos atrás".

De acordo com seus avanços nesta matéria, 54 países de economias avançadas foram qualificadas.

O ranking é liderado pela Suécia, seguido da Suíça e dos outros países nórdicos, enquanto as duas primeiras grandes economias europeias que aparecem são o Reino Unido, no sétimo posto, e a França no oitavo.

Esta avaliação critica as economias mais importantes do planeta pela pouca disposição a abordar os desafios mais importantes da transição energética.

Neste sentido, o Fórum Econômico Mundial lembra que os países que ficam nas melhores posições do índice quase não representam 2,6% das emissões anuais globais.

Atualmente, menos de 1 bilhão de pessoas vivem sem eletricidade, o que indica que o acesso aumentou ano a ano, mas isto foi possível em alguns casos à custa da imposição de preços que não são acessíveis para as camadas mais pobres em certos países.

Em relação ao meio ambiente, o relatório afirma que a estagnação na transição energética tem entre suas principais razões que o carvão continua sendo utilizado maciçamente para a produção de energia na Ásia.

As energias fósseis representam 81% do abastecimento total de energia primária, uma proporção que se manteve quase inalterada nas últimas três décadas, segundo o relatório.

Pela primeira vez em três anos, o consumo de carvão aumentou em 2018.

Isso explica que as projeções de emissões de dióxido de carbono indicam que estas aumentaram em mais de 2% em 2018, o que se for confirmado terá sido o nível mais alto desde 2014.

A América Latina e o Caribe é a região do mundo que consegue melhor pontuação em sustentabilidade meio ambiental no contexto da transição energética graças à sua capacidade de geração hidrelétrica.

"A integração regional dos mercados elétricos, assim como de infraestrutura e mobilidade (...) podem contribuir para maiores melhorias", recomenda o relatório.

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