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Trabalhadores de mais de 50 minas peruanas entram em greve

Segundo os sindicatos, essa reforma pode afetar os direitos dos mineiros do Peru, que é o segundoo maior produtor mundial de cobre

Cobre: os mineiros buscam a revogação de diversas leis aprovadas por Kuczynski (./Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de julho de 2017 às 16h12.

Lima - Trabalhadores sindicalizados de mais de cinquenta minas peruanas iniciaram, nesta quarta-feira, uma greve em protesto contra algumas leis de uma reforma trabalhista que o presidente Pedro Kuczynski.

Segundo os sindicatos, essa reforma pode afetar os direitos dos mineiros do Peru, que é o segundoo maior produtor mundial de cobre.

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"A greve é por tempo indeterminado. Até agora, 90% dos sindicatos estão se unindo e esse número deve aumentar no decorrer do dia", disse Ricardo Juárez, principal líder da Federação Nacional dos Mineiros, Metalúrgicos e Trablhadores de Siderúrgicas do Peru.

Ele acrescentou que os mineiros buscam a revogação de diversas leis aprovadas por Kuczynski que, para ele, facilitam demissões em massa e enfraquecem os organismos de inspeção do trabalho.

O ministro de Minas e Energia peruano, Gonzalo Tamayo, confirmou a paralisação em programas de rádio e disse que, em uma análise sobre as primeiras horas da greve, "o efeito é relativamente limitado" e que a medida "não terá muitas consequências" porque as empresas têm estratégias e equipes de contingência.

A greve é cumprida por 56 sindicatos, em um país historicamente mineiro, que é o segundo maior produtor de cobre e prata e sexto maior em ouro. Entre as empresas sediadas no Peru são BHP Billiton, Glencore, Freeport McMoran e Shougang Group.

Esta é a primeira greve mineira que o governo de Kuczynski enfrenta durante seu primeiro ano de governo. A mineração é importante para a economia peruana e 60% das exportações do país pertencem a esse setor. Fonte: Associated Press.

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