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Tombini destaca importância do câmbio flutuante

"Entretanto, para que a taxa de câmbio possa flutuar sem causar desequilíbrios, é necessário que a economia doméstica esteja preparada para isso", falou

Alexandre Tombini: Para ele, em um passado relativamente recente, depreciações cambiais geravam severos impactos macroeconômicos (REUTERS/Guadalupe Pardo)
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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 16h12.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , afirmou em evento promovido pelo Itaú BBA em São Paulo que a dinâmica favorável das contas externas e da competitividade da indústria após o "choque adverso dos nossos termos de troca" reforça a importância do regime de câmbio flutuante.

"Entretanto, para que a taxa de câmbio possa flutuar sem causar desequilíbrios, é necessário que a economia doméstica esteja preparada para isso", destacou.

Para Tombini, em um passado relativamente recente, depreciações cambiais geravam severos impactos macroeconômicos.

"Atualmente, esses movimentos não desencadeiam desequilíbrios patrimoniais ou instabilidade financeira porque a economia não se encontra mais excessivamente exposta ao risco cambial", afirmou.

"Uma das razões para essa mudança foi a alteração na composição dos passivos do balanço de pagamentos, que hoje são constituídos, em sua maioria, por investimentos diretos, mais estáveis diante de choques na economia", disse.

Além disso, Tombini destacou a "atuação firme do Banco Central" para essa evolução estrutural positiva na exposição do país a riscos externos.

"Em primeiro lugar, o Banco Central não somente acumulou um importante colchão de reservas internacionais, mas também atuou de maneira consistente para a preservação desse mecanismo de proteção de nossa economia", afirmou.

Em segundo lugar, e aliado à manutenção das reservas internacionais, o Banco Central adotou um programa de swaps cambiais voltado à manutenção da estabilidade financeira interna.

"Com previsibilidade, regras claras e liquidação em reais, que não envolve o consumo das reservas, nosso programa de swap permitiu às empresas e aos investidores atravessarem com segurança o período de volatilidade cambial e de acentuada depreciação do real."

"Combinados a outras formas de atuação no câmbio, tais como leilões de linha, o Banco Central tem acompanhado os desenvolvimentos nesse mercado e agido, sempre que necessário, para manter sua funcionalidade, sem jamais afrontar o regime de câmbio flutuante", disse o presidente do BC.

Segundo ele, como resultado desses avanços, os agentes econômicos domésticos e globais avaliam de forma mais favorável a solidez da economia frente a choques externos ou domésticos, removendo, assim, "uma fonte de instabilidade que tantos efeitos negativos nos trouxe no passado".

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São Paulo - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , afirmou em evento promovido pelo Itaú BBA em São Paulo que a dinâmica favorável das contas externas e da competitividade da indústria após o "choque adverso dos nossos termos de troca" reforça a importância do regime de câmbio flutuante.

"Entretanto, para que a taxa de câmbio possa flutuar sem causar desequilíbrios, é necessário que a economia doméstica esteja preparada para isso", destacou.

Para Tombini, em um passado relativamente recente, depreciações cambiais geravam severos impactos macroeconômicos.

"Atualmente, esses movimentos não desencadeiam desequilíbrios patrimoniais ou instabilidade financeira porque a economia não se encontra mais excessivamente exposta ao risco cambial", afirmou.

"Uma das razões para essa mudança foi a alteração na composição dos passivos do balanço de pagamentos, que hoje são constituídos, em sua maioria, por investimentos diretos, mais estáveis diante de choques na economia", disse.

Além disso, Tombini destacou a "atuação firme do Banco Central" para essa evolução estrutural positiva na exposição do país a riscos externos.

"Em primeiro lugar, o Banco Central não somente acumulou um importante colchão de reservas internacionais, mas também atuou de maneira consistente para a preservação desse mecanismo de proteção de nossa economia", afirmou.

Em segundo lugar, e aliado à manutenção das reservas internacionais, o Banco Central adotou um programa de swaps cambiais voltado à manutenção da estabilidade financeira interna.

"Com previsibilidade, regras claras e liquidação em reais, que não envolve o consumo das reservas, nosso programa de swap permitiu às empresas e aos investidores atravessarem com segurança o período de volatilidade cambial e de acentuada depreciação do real."

"Combinados a outras formas de atuação no câmbio, tais como leilões de linha, o Banco Central tem acompanhado os desenvolvimentos nesse mercado e agido, sempre que necessário, para manter sua funcionalidade, sem jamais afrontar o regime de câmbio flutuante", disse o presidente do BC.

Segundo ele, como resultado desses avanços, os agentes econômicos domésticos e globais avaliam de forma mais favorável a solidez da economia frente a choques externos ou domésticos, removendo, assim, "uma fonte de instabilidade que tantos efeitos negativos nos trouxe no passado".

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