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Tombini defende que queda do real faz parte de movimento global

“Nem todo mês a inflação cairá, mas ela continuará convergindo para o centro da meta nos próximos meses”, disse

“Certamente no ano de 2013 a economia brasileira vai crescer mais”, afirmou Tombini (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 14h40.

São Paulo - O movimento recente de desvalorização do real responde a um movimento global das moedas, todas se desvalorizando perante o dólar americano, afirmou Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, em apresentação para empresários.

“Temos que aguardar para ver onde esse processo vai se estabilizar, para tecer depois as consequências”, disse. O último boletim Focus, divulgado pelo BC, indicou que a expectativa do mercado para a taxa de câmbio subiu de 1,89 real/dólar para 1,95 real/dólar.

A avaliação até o momento é que o repasse desse movimento de mudança do câmbio para a inflação será moderado, segundo Tombini. A expectativa do presidente do BC para a inflação é que, nesse e nos próximos meses, ela seja inferior à registrada em abril. “Nem todo mês a inflação cairá, mas ela continuará convergindo para o centro da meta nos próximos meses”, afirmou.

Os níveis elevados de inflação no terceiro trimestre de 2011 “já estão pra trás”, segundo Tombini. Não há indicações de mudanças no regime de metas de inflação, segundo o presidente. A volatilidade no cenário internacional tem um viés de “neutro para desinflacionário” para a inflação doméstica, segundo Tombini.

“Certamente no ano de 2013 a economia brasileira vai crescer mais”, afirmou Tombini. A expectativa é que, já nesse segundo semestre, o crescimento seja maior. “A economia pega velocidade, estamos começando a sentir esse processo”, disse.

Crédito

Para Tombini, dados recentes indicam uma retomada do crédito e estabilização das taxas de inadimplência. “Se conseguirmos redução nos spreads o processo de concessão de crédito pode se dar em bases mais sólidas”, afirmou.

Desde o final de agosto de 2011, o Banco Central vem reduzindo a taxa básica de juros. “As taxas (ao tomador final) devem andar em linha com essa”, afirmou. “Nas últimas semanas temos visto uma queda nas taxas ao tomador final”, afirmou.

O último relatório Focus do Banco Central indicou que o mercado manteve a estimativa de que a Selic encerrará 2012 em 8% ao ano. O mercado acredita que a taxa básica de juros vai cair para 8,50% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana.


Já a expectativa para o PIB é de um crescimento de 3,09% - inferior aos 3,20 do penúltimo relatório, da semana anterior.

Exterior

Para o presidente do BC, hoje, na Europa o problema essencial é o legado fiscal da crise financeira de 2008 e 2009. “Conhecemos bem esse processo no Brasil, alguns anos se passaram até solucionarmos a melhora no financiamento do setor público”, afirmou.

Nos Estados Unidos, Tombini acredita que ocorrerá uma redução nos níveis de desemprego. Na China, a expectativa é que a desaceleração suave seja mantida.

Alexandre Tombini participou hoje de almoço do Lide, grupo de líderes empresariais, em São Paulo.

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São Paulo - O movimento recente de desvalorização do real responde a um movimento global das moedas, todas se desvalorizando perante o dólar americano, afirmou Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, em apresentação para empresários.

“Temos que aguardar para ver onde esse processo vai se estabilizar, para tecer depois as consequências”, disse. O último boletim Focus, divulgado pelo BC, indicou que a expectativa do mercado para a taxa de câmbio subiu de 1,89 real/dólar para 1,95 real/dólar.

A avaliação até o momento é que o repasse desse movimento de mudança do câmbio para a inflação será moderado, segundo Tombini. A expectativa do presidente do BC para a inflação é que, nesse e nos próximos meses, ela seja inferior à registrada em abril. “Nem todo mês a inflação cairá, mas ela continuará convergindo para o centro da meta nos próximos meses”, afirmou.

Os níveis elevados de inflação no terceiro trimestre de 2011 “já estão pra trás”, segundo Tombini. Não há indicações de mudanças no regime de metas de inflação, segundo o presidente. A volatilidade no cenário internacional tem um viés de “neutro para desinflacionário” para a inflação doméstica, segundo Tombini.

“Certamente no ano de 2013 a economia brasileira vai crescer mais”, afirmou Tombini. A expectativa é que, já nesse segundo semestre, o crescimento seja maior. “A economia pega velocidade, estamos começando a sentir esse processo”, disse.

Crédito

Para Tombini, dados recentes indicam uma retomada do crédito e estabilização das taxas de inadimplência. “Se conseguirmos redução nos spreads o processo de concessão de crédito pode se dar em bases mais sólidas”, afirmou.

Desde o final de agosto de 2011, o Banco Central vem reduzindo a taxa básica de juros. “As taxas (ao tomador final) devem andar em linha com essa”, afirmou. “Nas últimas semanas temos visto uma queda nas taxas ao tomador final”, afirmou.

O último relatório Focus do Banco Central indicou que o mercado manteve a estimativa de que a Selic encerrará 2012 em 8% ao ano. O mercado acredita que a taxa básica de juros vai cair para 8,50% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana.


Já a expectativa para o PIB é de um crescimento de 3,09% - inferior aos 3,20 do penúltimo relatório, da semana anterior.

Exterior

Para o presidente do BC, hoje, na Europa o problema essencial é o legado fiscal da crise financeira de 2008 e 2009. “Conhecemos bem esse processo no Brasil, alguns anos se passaram até solucionarmos a melhora no financiamento do setor público”, afirmou.

Nos Estados Unidos, Tombini acredita que ocorrerá uma redução nos níveis de desemprego. Na China, a expectativa é que a desaceleração suave seja mantida.

Alexandre Tombini participou hoje de almoço do Lide, grupo de líderes empresariais, em São Paulo.

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