Economia

Tesouro terá de fazer aporte para evitar reajuste na luz

O reajuste anual da tarifa tem como base o índice de inflação (cerca de 6%, em 2013)


	Torres de energia: no leilão de geração A-1 foram contratados 2.571 megawatts médios, a partir de empreendimentos de energia hidrelétrica e termelétrica já existentes
 (Getty Images)

Torres de energia: no leilão de geração A-1 foram contratados 2.571 megawatts médios, a partir de empreendimentos de energia hidrelétrica e termelétrica já existentes (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 11h39.

Brasília - Para a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), em 2014, o Tesouro Nacional terá de fazer aporte similar ao feito em 2013, de R$ 9,6 bilhões, para evitar que o consumidor arque com um reajuste até 13 pontos percentuais acima do que será autorizado para 2014.

O reajuste anual da tarifa tem como base o índice de inflação (cerca de 6%, em 2013), os custos operacionais do serviço e a compra de energia vinculada a contratos já existentes.

“Em 2013, as tarifas ficaram em patamar razoável porque houve o aporte do Tesouro. Se não tivesse o Decreto 7.945, que possibilitou um aporte de R$ 9,6 bilhões, os reajustes teriam sido no mínimo 10 pontos percentuais a mais. Para 2014, a situação é similar e, portanto, pode-se seguir o mesmo raciocínio: se não houver solução para a questão, o efeito do reajuste pode ter incremento de até 13 pontos percentuais, sem contar com os cerca de 6% de inflação”, disse hoje (19) o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite.

Segundo a entidade, o cenário de impacto financeiro para 2014, influenciado pelos resultados do Leilão A-1 feito no último dia 17, e pela não implementação do sistema de bandeiras tarifárias – que permitiria repasses imediatos para o consumidor, dos aumentos do custo de energia para as empresas –, pode causar efeitos no plano de investimentos das distribuidoras de energia, podendo comprometer o cumprimento, no prazo, das obrigações contratuais do setor.

No leilão de geração A-1 foram contratados 2.571 megawatts (MW) médios, a partir de empreendimentos de energia hidrelétrica e termelétrica já existentes.

“O A-1 cobriu apenas 40% das necessidades das distribuidoras. E não havendo compensação do governo, haverá reajuste para compensar o problema financeiro de giro de caixa. Não conseguimos gerar caixa suficiente”, acrescentou o diretor da Abradee, Marcos Delgado.

Acompanhe tudo sobre:Geração de energiaInfraestruturaTesouro NacionalTransmissão de energia

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor