Economia

Temer diz que BC tem "plena autonomia" para definir Selic

“A política monetária tem como prioridade combater a inflação e este é o objetivo central do meu governo”, disse o presidente interino


	Temer: “a política monetária tem como prioridade combater a inflação e este é o objetivo central do meu governo”, disse o presidente interino
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Temer: “a política monetária tem como prioridade combater a inflação e este é o objetivo central do meu governo”, disse o presidente interino (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 16h06.

Após repercussão no mercado financeiro da declaração do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, de que o presidente interino, Michel Temer, vê com “bons olhos” a redução da taxa básica de juros da economia (Selic), a Secretaria de Comunicação da Presidência da República divulgou uma declaração de Temer para esclarecer seu posicionamento sobre o assunto.

“O Banco Central tem plena autonomia para definir a taxa de juros. A política monetária tem como prioridade combater a inflação e este é o objetivo central do meu governo”, disse Temer, segundo a assessoria do Palácio do Planalto.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que define a taxa básica de juros, está reunido hoje (20) e pode anunciar mudanças na Selic.

Mais cedo, Padilha disse em entrevista coletiva que Temer vê “com bons olhos” a redução da Selic, mas que a palavra final é do BC.

“Se analisarmos todos os indicadores, vamos ver que os economistas do Brasil estão mostrando que teremos forçosamente uma queda nos juros. Também isso agrada ao presidente, e ele vê com bons olhos, se nós pudermos, mas teremos que respeitar por inteiro a autonomia do Banco Central, corresponder a essa expectativa, inclusive dos profissionais do setor. São os economistas e as agências de avaliação que estão dizendo que o juro vai cair. O presidente vê com muito bons olhos, mas a palavra final é do Banco Central”, disse Padilha.

A reunião de hoje do Copom é a primeira sob o comando do novo presidente do BC, Ilan Goldfajn.

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central esperam a manutenção da Selic em 14,25%. Porém, até o fim do ano, a expectativa é de redução da taxa básica. De acordo com as projeções, ao final de 2016, a Selic estará em 13,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é de mais queda na taxa Selic, que poderá encerrar o período em 11% ao ano.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralEstatísticasIndicadores econômicosMDB – Movimento Democrático BrasileiroMercado financeiroMichel TemerPolítica monetáriaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSelic

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega