Havana - A telefonia móvel em Cuba superou os 3 milhões de usuários em abril, quando uma promoção do monopólio estatal de telecomunicações Etecsa alcançou em cinco dias quase 40% dos contratos das linhas previstos para 2015, informou nesta quinta-feira o jornal "Juventud Rebelde".

O número de mais de 3 milhões de usuários constata o "franco crescimento" do setor na ilha, segundo afirmou o jornal, que publica dados obtidos "exclusivamente" da Empresa de Telecomunicaciones de Cuba (Etecsa).

De acordo com o reporte, o plano da companhia para o período 2015 e 2018 prevê crescimentos anuais de cerca de 800 mil linhas celulares, um número que neste ano já atingiu 38% com os contratos fechados em abril.

"O número previsto para este ano quase chegou à metade com a promoção realizada há algums semanas, durante a qual foram adquiridas mais de 300 mil linhas novas em apenas cinco dias", confirmou a empresa ao "Juventud Rebelde'.

Em uma atualização realizada em dezembro perante a Assembleia Nacional, a Etecsa informou que o país contava com um total de 3,7 milhões de linhas fixas e celulares, sem precisar separadamente os dados de cada tipo de serviço.

Além disso, a empresa anunciou que para 2015 previa um crescimento de cerca de 800 mil novas linhas móveis, 300 mil fixas e 1,3 mil "serviços públicos".

Segundo os dados divulgados hoje, em Cuba a cobertura da rede móvel "ainda está em desenvolvimento e já alcança 74,35% do território nacional, o que dá cobertura a 83,63% da população".

Em um país de 11,1 milhões de habitantes, o serviço de telefonia celular cresceu consideravelmente a partir de 2008, quando o governo de Raúl Castro permitiu aos cubanos o acesso livre a esse tipo de telefonia.

A Etecsa indicou que implementou, e continuará fazendo, investimentos e ações comerciais para ampliar seus serviços, incluído o crescimento das salas de navegação de internet.

Sobre este último aspecto, a empresa informou que em Cuba existem 261 salas de navegação e outros 233 espaços e 89 áreas wifi em hotéis e aeroportos.

Dessas 261 salas, 166 são da empresa e 95 ficam nos chamados "Clube Jovem", instalações públicas que contam com uma infraestrutura de computadores para promover seu uso entre os cubanos, e onde anteriormente só havia acesso a uma intranet com páginas criadas dentro do país.

Nas salas de navegação da Etecsa, os cubanos têm um acesso generalizado à rede, salvo algumas páginas restringidas, e o preço de conexão é de US$ 4,5 a hora, tarifa elevada demais para um país onde o salário médio ronda os US$ 30. EFE