Tarifa de ônibus é principal responsável pela queda do IPCA
Queda de 3,32% nas tarifas de ônibus urbanos no país foi a principal responsável pela baixa taxa de inflação oficial de julho, medida pelo IPCA
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2013 às 11h36.
Rio de Janeiro – A queda de 3,32% nas tarifas de ônibus urbanos no país foi a principal responsável pela baixa taxa de inflação oficial,
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ), de 0,03% em julho. Em sete regiões metropolitanas, houve redução nas tarifas de ônibus nos meses de junho e julho, que tiveram impacto no bolso do consumidor.
“As tarifas dos ônibus urbanos se reduziram já na metade do mês de junho, por causa das manifestações e, em alguns estados, chegaram a ficar muito mais baratas. É um item muito importante no orçamento das famílias, já que se trata de uma despesa diária, principalmente para o trabalho”, disse a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos.
Grande parte dos reajustes de preços foi feita em junho, mas como o cálculo da inflação leva em conta o número de dias do mês, parte da redução teve impacto no mês seguinte. Ou seja, se um reajuste é feito no dia 10 de junho, por exemplo, ele terá impacto em 20 dias daquele mês e em dez dias do mês seguinte.
O principal impacto foi observado na região metropolitana de Goiânia, onde houve redução de 10% em 13 de junho. Parte da queda de preços (-4,93%) teve impacto no cálculo da inflação de julho.
Em São Paulo, a redução de 6,25% em 24 de junho teve um impacto de -4,46% na inflação de julho. No Rio de Janeiro, a redução foi 6,78% em 20 de junho, parte da qual (-4,84%) foi incluída no cálculo da inflação de julho.
Em Curitiba, o reajuste médio de 2,69% ocorreu no dia 1º de julho, logo o impacto ocorreu integralmente naquele mês. Em Porto Alegre, a redução de preços foi 1,75% no dia 4 de julho, por isso, o cálculo da inflação considerou apenas -1,4% do reajuste. Em Belo Horizonte, a queda de preços foi 5,36% no dia 10 de julho, parte da qual (-3,57%) teve impacto na inflação de julho.
Com essa contribuição dos ônibus urbanos, o grupo de despesas transportes teve uma deflação (queda de preços) de 0,66% em julho,
sendo o grupo que mais influenciou a queda da inflação de 0,26% em junho para 0,03% em julho.
Os alimentos também tiveram impacto importante, com deflação de 0,33%, graças a produtos como o tomate e a cebola, que tiveram quedas de preços de 27,25% e 10,9%, respectivamente. Depois do ônibus urbano, esses dois itens foram os que mais contribuíram, isoladamente, para a queda da inflação no mês passado.
Segundo Eulina dos Santos, os alimentos vêm tendo quedas desde janeiro deste ano, devido ao aumento da safra brasileira e à menor pressão no preço global dos alimentos. Apesar disso, ela ressalta que os preços dos produtos alimentícios no Brasil ainda estão
mais altos do que no ano passado.
“As pessoas continuam pagando mais caro pelos alimentos. De janeiro a julho, os alimentos aumentaram 5,67%. No acumulado dos 12 meses, os alimentos estão 11,42% mais caros”, disse a pesquisadora.
Entre os itens que evitaram uma queda maior do IPCA em julho deste ano, estão os empregados domésticos, com alta de preços de 1,45% no mês, e o leite longa vida, com inflação de 5,58%.
Rio de Janeiro – A queda de 3,32% nas tarifas de ônibus urbanos no país foi a principal responsável pela baixa taxa de inflação oficial,
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ), de 0,03% em julho. Em sete regiões metropolitanas, houve redução nas tarifas de ônibus nos meses de junho e julho, que tiveram impacto no bolso do consumidor.
“As tarifas dos ônibus urbanos se reduziram já na metade do mês de junho, por causa das manifestações e, em alguns estados, chegaram a ficar muito mais baratas. É um item muito importante no orçamento das famílias, já que se trata de uma despesa diária, principalmente para o trabalho”, disse a coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos.
Grande parte dos reajustes de preços foi feita em junho, mas como o cálculo da inflação leva em conta o número de dias do mês, parte da redução teve impacto no mês seguinte. Ou seja, se um reajuste é feito no dia 10 de junho, por exemplo, ele terá impacto em 20 dias daquele mês e em dez dias do mês seguinte.
O principal impacto foi observado na região metropolitana de Goiânia, onde houve redução de 10% em 13 de junho. Parte da queda de preços (-4,93%) teve impacto no cálculo da inflação de julho.
Em São Paulo, a redução de 6,25% em 24 de junho teve um impacto de -4,46% na inflação de julho. No Rio de Janeiro, a redução foi 6,78% em 20 de junho, parte da qual (-4,84%) foi incluída no cálculo da inflação de julho.
Em Curitiba, o reajuste médio de 2,69% ocorreu no dia 1º de julho, logo o impacto ocorreu integralmente naquele mês. Em Porto Alegre, a redução de preços foi 1,75% no dia 4 de julho, por isso, o cálculo da inflação considerou apenas -1,4% do reajuste. Em Belo Horizonte, a queda de preços foi 5,36% no dia 10 de julho, parte da qual (-3,57%) teve impacto na inflação de julho.
Com essa contribuição dos ônibus urbanos, o grupo de despesas transportes teve uma deflação (queda de preços) de 0,66% em julho,
sendo o grupo que mais influenciou a queda da inflação de 0,26% em junho para 0,03% em julho.
Os alimentos também tiveram impacto importante, com deflação de 0,33%, graças a produtos como o tomate e a cebola, que tiveram quedas de preços de 27,25% e 10,9%, respectivamente. Depois do ônibus urbano, esses dois itens foram os que mais contribuíram, isoladamente, para a queda da inflação no mês passado.
Segundo Eulina dos Santos, os alimentos vêm tendo quedas desde janeiro deste ano, devido ao aumento da safra brasileira e à menor pressão no preço global dos alimentos. Apesar disso, ela ressalta que os preços dos produtos alimentícios no Brasil ainda estão
mais altos do que no ano passado.
“As pessoas continuam pagando mais caro pelos alimentos. De janeiro a julho, os alimentos aumentaram 5,67%. No acumulado dos 12 meses, os alimentos estão 11,42% mais caros”, disse a pesquisadora.
Entre os itens que evitaram uma queda maior do IPCA em julho deste ano, estão os empregados domésticos, com alta de preços de 1,45% no mês, e o leite longa vida, com inflação de 5,58%.