Economia

Taiwan quer se juntar a banco de infraestruturas da China

Decisão foi tomada um dia antes que acabe o prazo dado pelo AIIB aos países que queiram ser membros fundadores da instituição


	Taiwan: decisão do país de participar do banco foi tomada um dia antes que acabe o prazo dado pelo AIIB aos países que queiram ser membros fundadores da instituição
 (MN Chan/Getty Images)

Taiwan: decisão do país de participar do banco foi tomada um dia antes que acabe o prazo dado pelo AIIB aos países que queiram ser membros fundadores da instituição (MN Chan/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 09h14.

Pequim - O governo de Taiwan confirmou na noite de segunda-feira seu interesse em participar do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (AIIB), criado pela China para promover a cooperação em transporte e telecomunicações no continente, segundo anunciou nesta terça-feira o Escritório Presidencial em comunicado.

A decisão foi tomada um dia antes que acabe o prazo dado pelo AIIB aos países que queiram ser membros fundadores da instituição, que espera colocar-se em andamento no final deste ano com fundos no valor de US$ 100 bilhões.

Dirigentes de diferentes departamentos do governo taiwanês realizaram na segunda-feira um encontro de segurança nacional a portas fechadas para estudar a entrada no banco, que finalmente foi aprovada.

Segundo o porta-voz do governo taiwanês, Charles Chen I-shin, a adesão ao AIIB ajudará Taiwan a impulsionar sua integração regional "e aumentar as possibilidades que a ilha tome parte em organizações econômicas e comerciais internacionais".

Ainda não se sabe se Taiwan será aceito como membro de pleno direito do AIIB, ou se será um dos fundadores (o que lhe daria a possibilidade de participar da formação da estrutura interna do banco), já que em teoria só podem ser aceitos Estados.

A ilha só é reconhecida como tal por poucos países da comunidade internacional, dado que a China a considera parte de seu território e obriga outras nações a romper laços diplomáticos com Taipé se desejar tê-los com Pequim.

Mais de 40 países, entre eles Brasil, Rússia, Itália, França, Reino Unido e Alemanha, solicitaram sua entrada no AIIB, que alguns analistas veem como a resposta da emergente economia chinesa a instituições similares dominadas pelos Estados Unidos (Banco Mundial) ou pelo Japão (Banco Asiático de Desenvolvimento).

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBancosChinaFinançasTaiwan

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto