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Supermercados de SP devem vender 6% mais este ano

No ano passado, as redes do estado faturaram R$ 68 bilhões, representativos de 30% do faturamento total das lojas nacionais

Supermercado: até outubro, conforme o Índice de Vendas dos Supermercados medido pela Apas, as vendas em todas as lojas do estado cresceram 3,19% (REUTERS/Dave Kaup)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 11h17.

São Paulo - A Associação Paulista de Supermercados (Apas) prevê que as vendas em faturamento dos supermercados paulistas deverão encerrar o ano com taxa de crescimento de 6% ante 2011, por volta de R$ 73 bilhões, podendo chegar a até R$ 74 bilhões.

No ano passado, as redes do Estado faturaram R$ 68 bilhões, representativos de 30% do faturamento total das lojas nacionais. O porcentual é maior do que o projetado para todos os estabelecimentos do País pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que é de 5%.

De acordo com o economista da entidade paulista, Rodrigo Mariano, em encontro com jornalistas, apesar de um relativo alto grau de endividamento das famílias, o aumento de renda da população, com a ascensão da Classe C, e a necessidade básica por alimentos e bebidas continuarão estimulando as vendas dos itens nos estabelecimentos.

Até outubro, conforme o Índice de Vendas dos Supermercados medido pela Apas, as vendas em todas as lojas do Estado cresceram 3,19%, enquanto no conceito "mesmas lojas" (abertas há, pelo menos, 12 meses) o avanço foi de 5,89%.

Em outubro, ante o mesmo mês do ano passado, as vendas gerais cresceram 0,67% e as "mesmas lojas", 0,91%. Na comparação com setembro, os porcentuais de incremento de vendas foram de 1,41% e de 0,53%, respectivamente.


Em volume, de janeiro até outubro, de acordo com levantamento mais recente da Apas com a Nielsen, houve queda de 3,1% nas vendas nos estabelecimentos paulistas.

No Brasil, a Abras havia divulgado recuo de 0,4% na mesma base de comparação. "Houve uma qualificação do consumo, ou seja, as pessoas compraram menos em volume, mas mais itens de maior valor agregado, mais caros", explicou Mariano. Entre as categorias que influenciaram o resultado estão a queda de 0,8% de bebidas não alcoólicas, de 1,2% de higiene e limpeza e 4,6% de mercearia doce.

Especificamente para as vendas para o Natal dos estabelecimentos paulistas, a Apas aguarda crescimento de 5%, em termos reais, neste ano ante 2011, puxado pela sidra, panetone, champanhe, entre outros. No âmbito nacional, a Abras divulgou recentemente aumento de 14,4% nas comercializações nesse período.

Preços

Com relação aos preços dos itens vendidos nos supermercados paulistas, a expectativa da Apas é de aumento de 8%, acima do IPCA, mas dentro da expectativa da inflação de alimentos e bebidas. De janeiro a novembro, conforme o Índice de Preço dos Supermercados (IPS/Apas/Fipe), há uma inflação de 8,84%. Somente em novembro ante o mesmo mês de 2011, os preços subiram 0,72%. As carnes, cereais e leite aumentaram 9,51% no acumulado do ano; os alimentos industrializados, 7,86%, e as proteínas animais in natura, 15,77%. Os valores das bebidas não alcoólicas avançaram 8,26% e dos alcoólicos, 12,26%.


Mariano diz que as altas das carnes, principalmente de frango e suínos, foram "pontuais", por causa da evolução da cotação dos grãos utilizados na alimentação dos animais. Para os próximos meses, o especialista acredita em estabilidade e até queda dos preços dessas proteínas. Já para a carne bovina, devido ao aumento do abate e de oferta, a perspectiva é de recuo nas cotações desse produto.

A Apas ainda divulgou suas expectativas para a taxa de confiança dos supermercadistas paulistas que deverá encerrar o ano em 47% (em novembro ficou em 42,3%) e a de empregos no setor, de 3% (nos últimos 12 meses até outubro era de 4,36%). Para o PIB, a Apas espera crescimento de 1,5%.

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No ano passado, as redes do Estado faturaram R$ 68 bilhões, representativos de 30% do faturamento total das lojas nacionais. O porcentual é maior do que o projetado para todos os estabelecimentos do País pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que é de 5%.

De acordo com o economista da entidade paulista, Rodrigo Mariano, em encontro com jornalistas, apesar de um relativo alto grau de endividamento das famílias, o aumento de renda da população, com a ascensão da Classe C, e a necessidade básica por alimentos e bebidas continuarão estimulando as vendas dos itens nos estabelecimentos.

Até outubro, conforme o Índice de Vendas dos Supermercados medido pela Apas, as vendas em todas as lojas do Estado cresceram 3,19%, enquanto no conceito "mesmas lojas" (abertas há, pelo menos, 12 meses) o avanço foi de 5,89%.

Em outubro, ante o mesmo mês do ano passado, as vendas gerais cresceram 0,67% e as "mesmas lojas", 0,91%. Na comparação com setembro, os porcentuais de incremento de vendas foram de 1,41% e de 0,53%, respectivamente.


Em volume, de janeiro até outubro, de acordo com levantamento mais recente da Apas com a Nielsen, houve queda de 3,1% nas vendas nos estabelecimentos paulistas.

No Brasil, a Abras havia divulgado recuo de 0,4% na mesma base de comparação. "Houve uma qualificação do consumo, ou seja, as pessoas compraram menos em volume, mas mais itens de maior valor agregado, mais caros", explicou Mariano. Entre as categorias que influenciaram o resultado estão a queda de 0,8% de bebidas não alcoólicas, de 1,2% de higiene e limpeza e 4,6% de mercearia doce.

Especificamente para as vendas para o Natal dos estabelecimentos paulistas, a Apas aguarda crescimento de 5%, em termos reais, neste ano ante 2011, puxado pela sidra, panetone, champanhe, entre outros. No âmbito nacional, a Abras divulgou recentemente aumento de 14,4% nas comercializações nesse período.

Preços

Com relação aos preços dos itens vendidos nos supermercados paulistas, a expectativa da Apas é de aumento de 8%, acima do IPCA, mas dentro da expectativa da inflação de alimentos e bebidas. De janeiro a novembro, conforme o Índice de Preço dos Supermercados (IPS/Apas/Fipe), há uma inflação de 8,84%. Somente em novembro ante o mesmo mês de 2011, os preços subiram 0,72%. As carnes, cereais e leite aumentaram 9,51% no acumulado do ano; os alimentos industrializados, 7,86%, e as proteínas animais in natura, 15,77%. Os valores das bebidas não alcoólicas avançaram 8,26% e dos alcoólicos, 12,26%.


Mariano diz que as altas das carnes, principalmente de frango e suínos, foram "pontuais", por causa da evolução da cotação dos grãos utilizados na alimentação dos animais. Para os próximos meses, o especialista acredita em estabilidade e até queda dos preços dessas proteínas. Já para a carne bovina, devido ao aumento do abate e de oferta, a perspectiva é de recuo nas cotações desse produto.

A Apas ainda divulgou suas expectativas para a taxa de confiança dos supermercadistas paulistas que deverá encerrar o ano em 47% (em novembro ficou em 42,3%) e a de empregos no setor, de 3% (nos últimos 12 meses até outubro era de 4,36%). Para o PIB, a Apas espera crescimento de 1,5%.

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