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Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2010 às 14h37.
Rio de Janeiro - O Brasil obteve um superávit primário de R$ 40,105 bilhões no primeiro semestre desse ano, 13,7% a mais que o mesmo período do ano passado, informou hoje o Banco Central.
A economia alcançada no primeiro semestre equivale a 2,36% do Produto Interno Bruto (PIB), a mesma percentagem economizada nos primeiros seis meses de 2009, quando o superávit foi de R$ 35,255 bilhões.
O superávit primário equivale à diferença entre as entradas e as despesas de todo o setor público (incluindo empresas estatais e administrações regionais e municipais), sem levar em conta os recursos destinados ao pagamento de juros de dívida.
Para este ano, o Governo impôs como meta alcançar um superávit primário equivalente a 3,3% do PIB como garantia de que contará com recursos para responder com suas obrigações financeiras.
O superávit alcançado até metade de ano, no entanto, ainda está na meta (3,3% do PIB), inclusive porque a economia dos últimos 12 meses (R$ 69,386 bilhões) equivale a 2,07% do PIB.
A meta anual até 2008 era uma economia equivalente a 4,5% do PIB, mas essa percentagem teve que ser reduzida no ano passado frente à decisão do Governo de aumentar os gastos públicos e reduzir os impostos para fazer frente à crise mundial.
Segundo o Banco Central, para o superávit semestral contribuíram principalmente o Governo central, com uma economia de R$ 24,767 bilhões, e os municipais e regionais, já que as estatais registraram um déficit de R$ 621 milhões.
Como o Governo destinou R$ 91,334 bilhões para o pagamento dos juros de dívida no primeiro semestre, as contas públicas consolidadas do Estado registraram no período um déficit nominal (já incluído no pagamento de juros) de R$ 51,229 bilhões.
O saldo negativo do primeiro semestre, equivalente a 3,02% do PIB, superou o do mesmo período do ano passado (R$ 43,682 bilhões), que equivalia a 2,92% do PIB.
O Banco Central informou igualmente que a dívida pública líquida do Brasil até junho foi de R$ 1,385 trilhões (R$ 786,932 bilhões), equivalente a 41,4% do PIB, a mesma percentagem que estava em março.